Análise radiológica do posicionamento do túnel femoral com as técnicas de reconstrução isométrica ou de reconstrução anatômica do LCA

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar radiologicamente a posição do túnel femoral na reconstrução do ligamento cruzado anterior pelas técnicas isométrica e anatômica.MÉTODOS: Foi feito estudo analítico prospectivo em pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA), por meio da técnica isométrica e anatômica, com o uso de enxerto de tendões flexores do joelho ou de tendão patelar. Foram captados 28 pacientes, em pós-operatório imediato, no ambulatório de cirurgia do joelho da FCMMG-HUSJ. Foram feitas radiografias do joelho operado nas incidências em anteroposterior (AP) com apoio bipodálico e perfil em 30◦ de flexão. Foram traçadas as linhas e medidos os ângulos e as distâncias na radiografia em perfil para avaliar o plano sagital. Foi medida a distância do centro do parafuso à cortical posterior do côndilo lateral e dividido pela linha de Blumensaat. Com relação à altura do parafuso, foi medida a distância do centro dele até a superfície articular do côndilo lateral do joelho. Na radiografia em AP, que avalia o plano coronal, mede-se a angulação entre o eixo anatômico do fêmur e uma linha traçada no centro do parafuso.RESULTADOS: Pelos testes, o p-valor (0,4213) é maior do que o nível de significância adotado (0,05), a hipótese nula não é rejeitada e pode ser afirmado que não há diferença estatisticamente significativa entre as técnicas anatômica (TAN) e isométrica (TIS) no que diz respeito à Medida P (posteriorização do parafuso de interferência). Como o p-valor (0,0006) observado é menor do que o nível de significância adotado (0,05), rejeita-se a hipótese nula e pode ser afirmado que há diferença estatisticamente significativa entre a TAN e a TIS no que diz respeito à Medida H (altura do parafuso em relação à cortical inferior do joelho). Pode-se concluir que essa diferença ocorre porque a TIS gera valores maiores para a Medida H do que a TAN. Como o p-valor observado (0,000) é menor do que o nível de significância (5%), rejeitou-se a hipótese nula e afirmamos com 95% de confiança que há diferença significativa entre a TAN e a TIS no que diz respeito à variável MED (posição do parafuso na radiografia em AP). Houve diferença estatisticamente significativa na avaliação radiológica do túnel femoral, tanto no plano sagital como no coronal, entre as técnicas de reconstrução do LCA.

ASSUNTO(S)

joelho ligamento cruzado anterior procedimentos cirúrgicos reconstrutivos

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