Análise imunofenotípica de subpopulações linfocitárias do sangue periférico na esclerose sistêmica
AUTOR(ES)
Ercole, Linete Parolin, Malvezzi, Mariester, Boaretti, Antonio Carlos, Utiyama, Shirley Ramos da Rosa, Rachid, Acir, Radominski, Sebastião Cezar
FONTE
Rev. Bras. Reumatol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-06
RESUMO
A esclerose sistêmica (ES) é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, de etiologia desconhecida, caracterizada por fibrose e dano micro vascular dos órgãos afetados. Há várias evidências de que a ativação do sistema imune celular participa de maneira expressiva na sua patogênese. OBJETIVO: Analisar numericamente as subpopulações linfocitárias no sangue periférico de pacientes com ES e sua possível relação com fatores clínicos e laboratoriais. MÉTODOS: Foram analisadas as subpopulações linfocitárias de 42 pacientes com ES e 28 controles normais, através da citometria de fluxo utilizando os antígenos linfocitários: CD2, CD3, CD4, CD8, CD19, CD25, CD45RA, CD56, CD71, HLA-DR , TCRα/β e TCRγ/δ. RESULTADOS: Nos pacientes com ES comparados com o grupo-controle, foram encontrados valores porcentuais normais para os linfócitos T CD2+, CD3+, CD3+CD4+, CD3+CD8+, CD25+, CD4+CD45RA+, CD8+CD45RA+, CD71 + e para a relação CD4+/CD8+. Em contraste, os linfócitos T CD3+TCRγ/δ mostraram-se com porcentuais diminuídos nos pacientes com ES difusa, de longa duração, com envolvimento pulmonar caracterizado por doença pulmonar restritiva, envolvimento muscular e presença de antilcorpo anti-Scl-70. Os pacientes com a forma difusa de ES apresentaram, tanto na fase recente como na tardia, aumento na porcentagem de linfócitos T CD4+ e CD8+ expressando moléculas de ativação HLA-DR. Na fase tardia da doença, não importando a forma clínica, foi encontrado aumento na porcentagem de linfócitos T CD4+CD45RA+. Os pacientes com ES limitada e fase recente mostraram diminuição na porcentagem dos linfócitos B CD19+. Os pacientes com doença difusa e fase tardia apresentaram diminuição na porcentagem dos linfócitos NK CD56+. CONCLUSÕES: Estes resultados sugerem que as alterações dos linfócitos T, B e NK possam estar envolvidas no processo de desencadeamento e/ ou perpetuação da ES, havendo a possibilidade de ter utilidade prognóstica em alguns grupos de pacientes.
ASSUNTO(S)
esclerose sistêmica linfócitos t linfócitos gamai delta autoimunidade imunofenotipagem
Documentos Relacionados
- Avaliação imunofenotípica de subpopulações linfocitárias no sangue do cordão umbilical e periférico de suínos neonatos (Sus scrofa)
- Quantificação de subpopulações linfocitárias no sangue periférico de cães sadios adultos
- Quantificação de subpopulações linfocitárias no sangue do cordão umbilical de eqüinos
- Caracterização imunofenotípica das subpopulações de linfócitos do lavado broncoalveolar de pacientes com silicose
- Subpopulações linfocitarias durante a doença por citomegalovirus em transplantados renais