Análise histológica da biocompatibilidade de três diferentes cimentos obturadores a base de hidróxido de cálcio
AUTOR(ES)
Veloso, Heloisa Helena Pinho, Santos, Roberto Alves do, Araújo, Túlio Pessoa de, Leonardi, Denise Piotto, Baratto Filho, Flares
FONTE
Journal of Applied Oral Science
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-10
RESUMO
INTRODUÇÃO: O tratamento endodôntico tem seus procedimentos clínicos fundamentados em conhecimentos básicos, principalmente biológicos, cujo êxito do tratamento depende das condições dos tecidos da região apical e periapical, dos mecanismos de defesa orgânicos e da potencialidade de reparação das células. Diferentes materiais obturadores, com os mais diferentes componentes químicos, têm sido testados em busca de uma substância que tenha propriedades físico-químicas e principalmente biológicas ideais para perfeita vedação do canal radicular. Um fato importante referente aos insucessos nos tratamentos endodônticos diz respeito aos componentes tóxicos dos cimentos obturadores de canal, incluídos com o propósito de neutralizar as falhas de desinfecção durante o preparo do canal. OBJETIVO: Avaliar histologicamente o comportamento tecidual subcutâneo de ratos após implantes de tubos de polietileno preenchidos com cimentos obturadores de canal à base de hidróxido de cálcio (Sealapexâ, Apexitâ e Sealer 26â). MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizados para este estudo 60 ratos, os quais foram divididos em oito grupos: quatro grupos experimentais, cada um com 10 ratos, e quatro grupos controle, com cinco ratos. Foram analisados em intervalos de 48 horas, 7, 21 e 60 dias. RESULTADOS: Os resultados da análise histológica mostraram que todos os cimentos foram irritantes, porém em intensidade que variaram entre si e em função do tempo. Nos períodos iniciais (48 horas e sete dias) todos os materiais exibiram resultados próximos, com quadro inflamatório entre severo e moderado, respectivamente. Nos períodos finais (21 e 60 dias), as reações teciduais aos implantes contendo o cimento Sealapexâ apresentaram quadro ativo, mas em fase involutiva, em relação aos cimentos Apexitâ e Sealer 26â. Os grupos controle apresentaram número de células inflamatórias inferior aos grupos experimentais, mantendo quadro reacional em fase involutiva. O método estatístico utilizado foi a análise de variância para que fosse feita uma comparação entre as médias. CONCLUSÕES: Conclui-se que o cimento Sealapexâ foi o mais biocompatível seguido pelo Apexitâ e Sealer 26â.
ASSUNTO(S)
cimentos endodônticos biocompatibilidade hidróxido de cálcio
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