Análise geoambiental da bacia hidrográfica do Ribeirão Borá: Sacramento/Conquista (MG)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo realizar uma análise geoambiental na bacia hidrográfica do Ribeirão Borá, buscando estabelecer categorias por meio da integração das variáveis naturais. Para tanto, aplicou-se a Teoria dos Geossistemas que, entre outros fins, procura a conservação, o uso racional do espaço e o desenvolvimento sustentável. A bacia localiza-se na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (MG), drenando parte das terras dos municípios de Sacramento e Conquista, ocupando uma área de 357,81 km. Foram utilizados documentos cartográficos do IBGE, GEOMINAS, EMBRAPA e CPRM; imagens do Satélite ETM+/Landsat 5; dados socioeconômicos; pesquisas bibliográficas e levantamentos de campo. A metodologia de trabalho seguiu a proposta de Libault (1971), que define quatro níveis de abordagem, sendo eles: compilatório, correlatório, semântico e normativo. As técnicas de geoprocessamento foram aplicadas com a utilização de vários softwares. A Formação Serra Geral principal embasamento geológico da bacia (61%) associada ao clima Tropical Semi-Úmido conduz à formação de solos, predominantemente da classe dos Latossolos, destacando-se o Latossolo Vermelho Acriférrico (60% da área) que, em geral, apresenta boa estrutura física para aproveitamento agrícola, exigindo apenas algumas correções químicas, como a calagem. Esse quadro interage com um relevo predominante de Topo Plano (54%), sem grandes ondulações que, também, facilita as atividades agrícolas e contribui para a manutenção dos recursos hídricos no subsolo. O uso da terra e da cobertura vegetal, para os anos de 2002 e 2009, revelou que, respectivamente, 70 e 72% das terras da bacia foram ocupadas predominantemente pelas atividades antrópicas (pastagem e agricultura). Ainda foi constatado que 95% das terras da bacia apresentam elevado potencial para uso econômico. Contudo, verificou-se que parte das atividades agropecuárias também ocupa as áreas de maiores declives (20 a 45%), o que não é indicado, pois, conforme determina a legislação ambiental, tais locais devem ser preservados ou destinados à reserva legal, além de serem impróprios para qualquer tipo de uso, segundo a classificação das terras no sistema de capacidade de uso. Na intenção de contribuir para maximização das potencialidades da bacia, foram apresentadas algumas sugestões de planejamento com adoção de práticas conservacionistas.

ASSUNTO(S)

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