Análise exploratória dos fatores relacionados ao prognóstico em idosos com sepse grave e choque séptico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-03

RESUMO

OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar variáveis relacionadas à mortalidade intra-hospitalar em 28 dias, de idosos com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico em unidade de terapia intensiva clínica. MÉTODOS: Cento e cinqüenta e dois pacientes, com idade > 65 anos internados com sepse grave ou choque séptico foram acompanhados durante 28 dias e as variáveis foram coletadas nos dias 1, 3, 5, 7, 14 e 28 de internação. Para a comparação das variáveis categóricas, empregaram-se os testes Qui-quadrado e para as variáveis contínuas o teste de Mann-Whitney ou teste T, quando apropriado. Todos os testes foram bicaudais com erro alfa de 0,05. RESULTADOS: A média da idade foi de 82,0 ± 9,0 anos, com 64,5% de mulheres, sendo a mortalidade de 47,4%. Foram relacionados ao óbito: índice Acute Physiologic and Chronic Heatlh Evaluation II (p < 0,001), o Sequential Organ Failure Assessment nos dias 1, 3, 5, 7 (p < 0,001), o tempo de permanência na terapia intensiva (p < 0,001), o número de falências orgânicas (p < 0,001), o lactato elevado no terceiro dia (p = 0,05), troponina I positiva nos dias 1 e 3 (p<0,01), o ecocardiograma (diâmetro sistólico p = 0,005; diâmetro diastólico p = 0,05; percentual de encurtamento p = 0,02), doença renal prévia (p = 0,03), necessidade de aminas (p < 0,001), o uso de ventilação mecânica (p < 0,001) e escala de Lawton (p = 0,04). CONCLUSÕES: Choque, lactato elevado e falências orgânicas, especialmente falência respiratória, foram mais prevalentes nos não sobreviventes. Falência cardiovascular, detectada pelo ecocardiograma e troponina I positiva, pode ter importante papel na mortalidade de idosos com sepse.

ASSUNTO(S)

choque séptico idoso prognóstico sepse

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