Análise exploratória da socioeconomia de sistemas agroflorestais em várzea flúvio-marinha, Cametá-Pará, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Economia e Sociologia Rural

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-01

RESUMO

Este trabalho objetivou identificar e caracterizar o sistema de exploração da várzea flúvio-marinha em unidades de produção agroflorestal - UPA, nos aspectos florísticos e socioeconômicos. Utilizaram-se as técnicas do inventário florestal, orçamentos unitários e questionários. Os resultados expressaram uma composição florística média de 2.920,7 indivíduos/ha com circunferência à altura do peito (CAP)>10 cm, com maiores frequência de açaí (50,63%), cacau (31,02%) e virola (6,76%). O Sistema está constituído pela exploração florestal madeireira, não-madeireira, pesca e criação de aves e suínos. O custo anual do sistema agroflorestal - SAF é de R$ 1.866,25/UPA e a renda bruta anual oriunda do SAF é de R$ 2.959,08/UPA. Concluiu-se que o sistema é do tipo agrossilvipastoril, em que a atividade de criação de aves e suínos utiliza como fonte de alimentos a mariscagem na várzea. A tecnologia utilizada, em princípio, favorece a conservação e preservação do ecossistema, há todavia a necessidade de qualificação de mão-de-obra familiar. A renda bruta anual do SAF denota viabilidade econômica das UPA no nível do salário mínimo, porém, tais unidades são pluriativas, apresentando rendas múltiplas, cujas rendas não-agrícolas são fundamentais para a permanência das famílias na atividade e no meio rural.

ASSUNTO(S)

agricultura familiar amazônia socioeconomia ribeirinha

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