Análise espaço-temporal na estimação de taxas de incidência/ mortalidade

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A análise de dados espaciais, aplicada ao contexto epidemiológico, também conhecida como Epidemiologia Espacial, vem apresentando crescente utilização por parte dos pesquisadores da área da saúde como uma das ferramentas de estudos de mapeamento e comportamento de doenças e de construção de indicadores de saúde. O presente trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre a análise espacial de dados agregados por área, aplicada ao Mapeamento de Doenças, relatando os principais problemas da utilização das taxas de mortalidade brutas na construção dos mapas. Como as taxas brutas são estimativas de pequena precisão em regiões onde a população em risco tem tamanho reduzido, e o número de casos é raro, os modelos Bayesianos Hierárquicos são apresentados como alternativas na estimação destas taxas, através da suavização das estimativas produzidas pela incorporação de um componente espacialmente estruturado ao modelo. Nos modelos apresentados podese incorporar o fator temporal ao modelo espacial, através de diferentes formas de especificação. No artigo são analisadas as taxas de mortalidade infantil nos 496 municípios do Rio Grande do Sul no período de 2001 a 2004. Foram comparados três modelos com diferentes especificações dos componentes espaciais e temporais. Verificou-se que o modelo que utiliza a configuração espacial dos municípios na estimação das taxas obteve maior adequação aos dados quando comparado ao modelo onde as taxas são estimadas sem a utilização do componente espacialmente estruturado. Pode-se observar uma melhora sensível na interpretação dos mapas das taxas de mortalidade estimadas, através dos modelos apresentados, em relação aos mapas que utilizam as taxas brutas de mortalidade, podendo-se observar diferentes padrões de evolução temporal em diferentes regiões do Estado.

ASSUNTO(S)

epidemiologia espacial

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