Análise epidemiológica dos atendimentos da profilaxia antirrábica humana associados a acidentes com gatos

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-05

RESUMO

RESUMO Objetivou-se conhecer o perfil epidemiológico do paciente que buscou atendimento antirrábico pós-exposição associado a acidentes com gatos domésticos, em Belo Horizonte/MG, no período de 2007 a 2016. Realizou-se uma análise exploratória das fichas de notificação do atendimento antirrábico humano do Sistema de Informação de Agravos de Notificações (Sinan). Nos resultados, observou-se que 37,4% das pessoas eram adultas do gênero feminino, com idade entre 20 e 59 anos, 88,7% residentes em área urbana, 26,1% de etnia branca e apenas 31,7% dos pacientes buscaram atendimento antirrábico com até 24 horas da exposição ao vírus rábico. Lesões por mordedura ocorreram em 75,6% dos casos notificados. Quanto às características dos ferimentos, 59,6% foram superficiais, 62,2% ocorreram em mãos/pés e 50,1% foram lesões únicas. Na faixa etária de zero a 10 anos, as regiões anatômicas mãos/pés e cabeça/pescoço/face totalizaram 58,35%. Ressalta-se a necessidade de adoção de ações socioeducativas junto à população, devido ao risco de transmissão de raiva pelo gato, principalmente em áreas em que o vírus rábico circula em populações de morcegos. Sugerem-se melhorias no preenchimento das fichas de notificação do Sinan para melhor compreender o perfil epidemiológico dos pacientes que buscam o atendimento antirrábico e, assim, tornar mais eficaz a gestão desse serviço público.

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