Análise empírica de fatores determinantes do risco sistemático das empresas brasileiras

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O Capital Asset Pricing Model (CAPM) postula a existência de uma relação linear entre o retorno em excesso de um ativo financeiro e o retorno em excesso do mercado. Essa relação é mensurada pelo coeficiente beta, que representa o risco sistemático do ativo em questão. Ativos financeiros de empresas diferentes têm betas diferentes, em função de diferentes percepções de risco manifestadas pelos participantes do mercado. No entanto, o CAPM não trata da distribuição seccional desses ativos, isto é, das diferenças observadas entre os betas de diferentes ativos financeiros. Assim, o objetivo deste estudo consiste em investigar quais fatores, no nível da empresa, influenciam a distribuição seccional do risco sistemático das empresas brasileiras. As variáveis testadas na análise empírica incluem medidas de liquidez, de rentabilidade, de endividamento, de porte, do setor de atividade e, por fim, de governança coorporativa. Para a realização dos testes empíricos, utilizaram-se regressões lineares seccionais simples e múltiplas tendo como variável dependente os betas de um conjunto de empresas listadas na Bovespa e, como variáveis independentes, os diversos fatores econômico-financeiros mencionados. Os resultados permitem concluir que alavancagem financeira, tamanho dos ativos, e variabilidade da liquidez são fatores que elevam o risco sistemático, enquanto rentabilidade, variabilidade da alavancagem financeira, variabilidade da rentabilidade e crescimento dos ativos são fatores associadas a uma redução do risco sistemático.

ASSUNTO(S)

empresas mercado de capitais linear regression systematic risk capital markets administracao risco (economia) bovespa

Documentos Relacionados