Análise dos programas de plantas medicinais e fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) sob a perspectiva territorial

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/05/2019

RESUMO

Resumo É expressivo o crescimento do número de programas de fitoterapia no SUS desde 2006, quando lançada a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Como esses programas se distribuem no território e como expressam diversidades regionais? A pesquisa analisou como os usos do território condicionam a existência desses programas e como estes promovem maior sinergia técnica (saber local e saber universalizado) e política (estratégias e atores) na produção, circulação, distribuição e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos no sistema público de saúde. A análise envolveu referencial teórico da geografia crítica e saúde coletiva, revisão bibliográfica conceitual e temática, análise documental, levantamento de dados primários e secundários, destacando-se extenso trabalho de campo. Os resultados apontam que o crescimento dos programas foi acompanhado pela opção por fitoterápicos industrializados, concentrando-se espacialmente no Sul e Sudeste. Foram identificadas duas fases nesse processo: 1980-2008, caracterizada por ações mais horizontais ligadas a diversidades regionais; e 2008-atual, caracterizada por ações mais verticalizadas na escala nacional. Conclui-se: a Política Nacional possibilitou aumento do número de programas, mas pouco fomentou suas expressões regionais.Abstract There has been significant growth in the number of municipal phytotherapy programs in the Unified Health System since the launch of the National Policy of Medicinal Plants in 2006. The aim of the research was to analyze how these programs are distributed throughout Brazil, how they express regional diversity and how land use can influence these programs and promote broad technical synergy (local knowledge and universal knowledge) and policy (strategy and actors) in the production, circulation, distribution and dispe sation of medicinal plants in the public health system. The analysis involved a theoretical framework of critical geography and public health, conceptual and thematic literature review, document analysis, survey of primary and secondary data along with extensive fieldwork. The results show that the growth of programs was accompanied by the choice of industrialized herbal medicines, spatially concentrated in the South and Southeast. Two phases were identified in this process: 1980-2008 characterized by horizontal actions linked to regional diversities; 2008 to the present characterized by verticalized actions on a national scale. The National Policy made it possible to increase the number of programs but did little to promote greater regional diversity.

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