Análise do comportamento de fumar cigarros

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/12/2010

RESUMO

Diante dos diversos malefícios do tabaco a saúde, muitos países têm se empenhado tanto para prevenir quanto para tratar o tabagismo e diversas pesquisas têm sido realizadas a fim de entender este comportamento. Nenhum desses estudos sobre intervenções para o controle do tabagismo em empresas, encontrados na literatura, consiste em um programa de intervenção psicológica de base exclusivamente analítico-comportamental. Além disso, de todos os programas relacionados ao controle do tabaco implementados em diferentes locais apenas o de Gavazzoni (2008) teve como filosofia o Behaviorismo Radical. Alguns profissionais da saúde estão tendo dificuldades em manejar grupos anti-tabagismo. Essas dificuldades poderiam ser resolvidas por meio da compreensão dos princípios comportamentais. Alguns aspectos do comportamento de fumar cigarros de tabaco foram analisados com base nestes princípios, como: Comportamento Respondente, Comportamento Operante, Estímulo Discriminativo, Operação Estabelecedora, Comportamento governado por regras e modelado pelas contingências e Autocontrole. A Influência do Grupo também será analisada devido a sua importância na aquisição do comportamento de fumar. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar verbalizações de três tabagistas participantes em um programa de tratamento para parar de fumar. O presente estudo constitui-se de duas fases, a Fase I, em que a pesquisadora observou e registrou sessões anti-tabagismo; Fase II, em que foi feita a seleção de três participantes do grupo e análise de suas verbalizações com base em Princípios da Análise do Comportamento. Para muitos fumantes, deixar de emitir o comportamento de fumar é muito difícil, provavelmente porque esse comportamento tenha um alto valor reforçador. As contingências sociais que restringem e punem o comportamento de fumar parecem contribuir para que mais pessoas procurem ajuda profissional a fim de abandonar o tabagismo. Os estímulos discriminativos também se mostraram importantes variáveis controladoras do comportamento de fumar. A privação de nicotina e a privação de reforçadores alternativos ao fumar aumentam o valor reforçador desse, evocando comportamentos que terão como conseqüência tal comportamento. É necessária a presença se um psicólogo nas sessões de tratamento antitabagista, a fim de que o mesmo analise funcionalmente o comportamento de fumar de cada participante e planeje, individualmente, a modificação de variáveis ambientais que alterem a freqüência do comportamento de fumar, até extingui-lo.

ASSUNTO(S)

tabagismo nicotina - dependência comportamento - análise tabagismo - prevenção smoking nicotine dependency behavioral analysis

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