Análise de testes breves de linguagem na detecção de declínio cognitivo e demência

AUTOR(ES)
FONTE

Dement. neuropsychol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-03

RESUMO

Resumo Dificuldades de acesso lexical são freqüentes no envelhecimento normal e fases iniciais de demência. Testes de fluência verbal são úteis para detectar declínio cognitivo, evidenciando disfunções léxicosemânticas e executivas. Objetivos: Estabelecer quais testes de linguagem podem contribuir para detectar demência e verificar a influência da escolaridade no desempenho dos sujeitos. Métodos: 74 indivíduos: 33 controles, 17 CDR 0,5 e 24 CDR 1, foram comparados quanto a fluência verbal semântica (animais e frutas), nomeação de figuras (BCB e TNB) e provas de linguagem do MEEM. Resultados: Houve diferenças significantes em todas as provas entre controles e os grupos CDR 0,5 e CDR 1. As notas de corte foram: 11 e 10 para animais, 8 (para ambos) para frutas, 8 e 9 para nomeação da BCB. O grupo CDR 0,5 teve desempenho superior ao CDR 1 apenas na fluência de animais. Fluência de frutas, de animais e nomeação da BCB foram as variáveis que melhor discriminaram pacientes e controles (especificidade: 93,8%; sensibilidade: 91,3%). Em controles, a comparação entre analfabetos e alfabetizados evidenciou influência da escolaridade em todas as provas, com exceção da fluência de frutas e nomeação da BCB. Em pacientes com demência só a fluência de frutas não sofreu influência da escolaridade. Conclusão: A combinação de testes de fluência verbal em duas categorias semânticas e nomeação de figuras simples é altamente sensível para detectar declínio cognitivo. A comparação entre alfabetizados e analfabetos mostrou menor influência da escolaridade nos testes selecionados, facilitando a discriminação entre baixo desempenho e declínio cognitivo incipiente.

ASSUNTO(S)

testes de linguagem transtorno cognitivo demência doença de alzheimer escolaridade.

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