Análise de concordância entre estimativas ultrassonográficas e peso ao nascer, pelas tabelas da OMS e Intergrowth-21st, em recém-nascidos de mães diabéticas
AUTOR(ES)
Souza, Marcus Vinícius Rodrigues de; Fróes, Lívia Pinto e; Cortez, Pedro Afonso; Lauria, Márcio Weissheimer; Aguiar, Regina Amélia Lopes de; Rajão, Kamilla Maria Araújo Brandão
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-01
RESUMO
Resumo Objetivo Analisar a concordância, em relação ao percentil 90, das medidas ultrassonográficas da circunferência abdominal (CA) e peso fetal estimado (PFE), entre as tabelas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do International Fetal and Newborn Growth Consortium for the 21st Century integrowth-21st, bem como em relação ao peso ao nascer em fetos/recém-nascidos de mães diabéticas. Métodos Estudo retrospectivo com dados de prontuários de 171 gestantes diabéticas, com gestações únicas, seguidas entre Janeiro de 2017 e Junho de 2018. Foram analisados dados da CA e do PFE na admissão (a partir de 22 semanas) e no pré-parto (até 3 semanas). Essas medidas foram classificadas em relação ao percentil 90. O coeficiente Kappa foi utilizado para analisar a concordância entre as tabelas da OMS e Intergrowth-21st, assim como, por tabela de referência, entre as medidas e o peso ao nascer. Resultados O estudo da OMS relatou 21,6% dos recém nascidos grandes para a idade gestacional (GIG) enquanto que o estudo do intergrowth-21st relatou 32,2%. Ambas as tabelas tiveram fortes concordâncias na avaliação da CA inicial e final e PFE inicial (Kappa= 0,66, 0,72 e 0,63, respectivamente) e concordância quase perfeita em relação ao PFE final (Kappa= 0,91).Emrelação ao peso ao nascer, asmelhores concordâncias foram encontradas para aCAinicial (OMS: Kappa= 0,35; intergrowth-21st: Kappa= 0,42) e como PFE final (OMS: Kappa = 0,33; intergrowth-21st: Kappa= 0,35). Conclusão A CA inicial e o PFE final foram os parâmetros de melhor concordância em relação à classificação do peso ao nascer. As tabelas da OMS e intergrowth-21st mostraram alta concordância na classificação das medidas ultrassonográficas em relação ao percentil 90. Estudos são necessários para confirmar se alguma dessas tabelas é superior na previsão de resultados negativos a curto e longo prazo no grupo GIG.
Documentos Relacionados
- Comparação de peso, comprimento e perímetro cefálico ao nascer entre Coorte BRISA-RP e Intergrowth-21st,
- Peso ao nascer de recém-nascidos de mães adolescentes comparados com o de puérperas adultas jovens
- Baixo peso ao nascer em coorte de recém-nascidos em Goiânia-Brasil no ano de 2000
- Impacto do estado nutricional no peso ao nascer de recém-nascidos de gestantes adolescentes
- Situação vacinal de recém-nascidos de risco e dificuldades vivenciadas pelas mães