Análise das reservas particulares do patrimônio natural como estratégia de conservação na região cacaueira do Sul da Bahia, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Árvore

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-08

RESUMO

O Brasil foi o primeiro País na América Latina a estabelecer e regulamentar este tipo de reserva e hoje, há mais de 700 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) oficialmente reconhecidas pelos órgãos ambientais federais ou estaduais. Juntos, estas reservas protegem mais de meio milhão de hectares em diferentes biomas dos Pais. A Floresta Atlântica na região Sul da Bahia se estende até 200 km para o interior, gradualmente mudando sua fitofisionomia até as áreas mais secas. Esta formação florística vem sendo desmatada desde sua colonização e atualmente ocupa menos de 10% de sua área original. Para este trabalho os processos no IBAMA para a criação das RPPN foram consultados para a obtenção dos dados de tempo de criação, tamanho da propriedade, estado de conservação do remanescente florestal, cadeia sucessória e ultimo imposto pago. Após essa sistematização, entrevistas com os proprietários foram realizadas para a confirmação dos dados. Dezesseis RPPN foram estabelecidas nesta região, com áreas variando entre 4,7 a 800 hectares, dentro de propriedades que variam de 14 a 1200 hectares. Dez destas RPPN estão localizadas dentro ou na zona de amortecimento de Unidades de Conservação federais ou estaduais. Apesar das inúmeras estratégias de conservação internacionais e das políticas ambientais nacionais focadas na região a situação da região cacaueira do Sul da Bahia é de forte ameaça de seus recursos naturais. O estabelecimento de reservas privadas nesta região pode aumentar o sucesso dos esforços de conservação, pois este tipo de reserva pode ser implantada em parceria entre o governo e as organizações privadas.

ASSUNTO(S)

floresta atlântica conservação da biodiversidade reservas privadas sul da bahia

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