Análise das pressões intracuff em pacientes em terapia intensiva
AUTOR(ES)
Camargo, Marina Furtado de, Andrade, Ana Paula Alves de, Cardoso, Flávia Perassa de Faria, Melo, Maria do Horto Obes de
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-12
RESUMO
OBJETIVO: A pressão intracuff, quando mal ajustada, pode gerar complicações, sendo importante sua mensuração precisa e rotineira. O objetivo deste estudo foi comparar as pressões intracuff nos períodos matutino, vespertino e noturno, além de avaliar as pressões dos tubos orotraqueais (TOT) e das cânulas de traqueostomia, comparando seus valores e correlacionando com o gênero. MÉTODOS: Estudo descritivo e prospectivo com amostra composta por 72 pacientes (51 com TOT e 21 traqueostomizados), internados na Unidade de Terapia Intensiva. As pressões intracuff foram mensuradas, com um cufômetro, nos períodos matutino, vespertino e noturno. Estas pressões foram ajustadas, quando necessário, pelo método auscultatório da traquéia e verificação do escape de ar pela boca. RESULTADOS: A média geral das pressões intracuff foi de 32,9±8,9 cmH2O, sendo no turno matutino de 36,7±1,6 cmH2O, no vespertino de 31,6±1,04 cmH2O e no noturno de 30,6±1,16 cmH2O, com significância entre os períodos matutino e vespertino (p<0,001) e entre matutino e noturno (p<0,001). Ao se relacionar as pressões com o gênero, não houve diferença significativa. A comparação entre a média das pressões intracuff para os TOT (31,7±7,1 cmH2O) e para as cânulas de traqueostomias (36,1±11,8 cmH2O) foi significativa (p=0,05). CONCLUSÃO: Sugere-se o estabelecimento de uma rotina de mensurações matutinas e noturnas. Além disso, foi observada maior pressão intracuff nas cânulas dos pacientes traqueostomizados, mostrando a importância de se redobrar os cuidados a estes pacientes.
ASSUNTO(S)
pressão intracuff tubo orotraqueal cânula de traqueostomia
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