Análise das informações de riscos empresariais e socioambientais de empresas do setor de telecomunicações, listadas na Bovespa e na NYSE, no contexto da governança corrporativa: estudo de caso

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Esta dissertação teve como objetivo principal pesquisar, descrever, identificar, analisar e comparar as informações dos riscos relativos às empresas brasileiras do setor de telecomunicações, listadas nas Bolsas de Valores de São Paulo-BOVESPA e de New York- NYSE, particularmente riscos regulatórios, cambiais, da taxa de juros, de crédito, contingenciais, operacionais, energéticos, bem como identificar e comentar as informações socioambientais, que essas empresas evidenciam, no contexto da governança corporativa. Utilizou-se como fonte de pesquisa documental principal os relatórios anuais, demonstrações contábeis e financeiras das empresas: Brasil Telecom Participações S.A., GVT (HOLDING) S.A., Tele Norte Leste Participações S.A., Telecomunicações de São Paulo S.A., Telemig Celular Participações S.A., TIM Participações S.A. e VIVO Participações S.A, obtidos através de documentação indireta, da coleta de Relatórios Anuais e outros relatórios, que são divulgados através do sítio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e relatórios 20F da Securities and Exchange Commission (SEC), revistas, ou mesmo nos sítios das empresas que disponibilizaram essas informações ao público em geral, entre os anos de 2005 e 2007. Os procedimentos metodológicos adotados caracterizam a pesquisa como exploratória, bibliográfica e documental. No que tange à pesquisa exploratória e bibliográfica empreendeu-se leituras em obras de diversos pesquisadores, dentre outros, Andrade e Rossetti (2006), Iudícibus (1997), Jensen e Meckling (1976), Jorion (2003), Kimura e Perera (2005), KPMG (2002 e 2004), Lodi (2000), Martin et al (2004) Silveira et al (2004), e Tinoco (2001). No que tange aos resultados da pesquisa, observou-se que os tipos de riscos evidenciados pelas empresas seguem padrões pré-estabelecidos, ou seja, sem grandes variações de uma empresa para outra, diferindo o conteúdo qualitativo e quantitativo. Embora todas as empresas analisadas afirmem nos relatórios analisados, que os investimentos em derivativos só foram contraídos com a função de se defender de oscilações cambias (hedge), não é possível afirmar pelas evidenciações quantitativas apresentadas, que de fato não existiam posições para alavancar suas aplicações, consideradas como investimentos especulativos. Outro aspecto a destacar é que nenhuma das empresas tanto nos relatórios enviados à CVM como os enviados à SEC, evidenciaram risco energético (como o apagão que acometeu o Brasil em 2001), que pode influenciar adversamente as atividades operacionais das empresas. Finalmente deve-se destacar que várias das empresas contraíram empréstimos com cláusulas de covenants, porém nenhuma delas evidenciaram quantitativamente os riscos a que estão expostas, caso não sejam cumpridos os indicadores econômico-financeiros constantes dos contratos de financiamentos. No que tange aos indicadores socioambientais, particularmente informações próprias do Balanço Social, relativas a Recursos Humanos, Demonstração do Valor Adicionado, Inserção Ambiental e Inserção Social, verificou-se que somente algumas das empresas analisadas, possuem nível de evidenciação qualitativo e abrangente em todos esses aspectos, e que melhoram a evidenciação a cada ano, enquanto as outras empresas divulgam informações restritas ou não o fazem.

ASSUNTO(S)

responsabilidade socioambiental. administracao evidenciação governança corporativa riscos

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