Análise das capacidades argumentativas de professores de química recém formados na Universidade Federal de Minas Gerais
AUTOR(ES)
Heberton Luis da Silva Correa
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
22/08/2011
RESUMO
A importância de que atividades argumentativas façam parte do cotidiano das salas de aula destacada por diversos pesquisadores da Educação e em documentos oficiais de vários países, incluindo o Brasil. Portanto, necessário que professores dominem capacidades relacionadas ao ato de argumentar para que se sintam dispostos e preparados a endereçar tais atividades em sala de aula. Estanecessidade nos estimulou a analisar o domínio de capacidades argumentativas por parte de professores de Química recém formados. Por meio da revisão da literatura decidimos que cinco capacidades deveriam ser analisadas: (a) a capacidade de elaborar argumentos; (b) a capacidade de contra-argumentar; (c) a capacidade de elaborar teorias alternativas; (d) a capacidade de refutar; (e) a capacidade de identificar, interpretar e utilizar evidências. Para alcançar este objetivo, elaboramos entrevistas semiestruturadas relacionadas a um tema cotidiano e a um tema científico onde cada uma dessas capacidades era sondada por mais de uma vez. Durante o estudo, foram entrevistados 14 professores que se formaram no curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Minas Gerais nos anos de 2007, 2008 e 2009. Todas as entrevistas foram gravadas em áudio e vídeo, transcritas e analisadas qualitativamente por meio de triangulação entre o autor dessa dissertação e sua orientadora. A anáise dos dados revelou que os professores foram capazes de elaborar argumentos, teorias alternativas e refutações quando discutindo temas cotidianos ou científicos. Entretanto, enquanto a maioria dos professores conseguiu elaborar contra-argumentos quando discutindo um tema cotidiano, apenas uma minoria deles conseguiu fazer o mesmo quando discutindo um tema científico. Além disso, os professores demonstraram ter grande dificuldade de interpretar e utilizar evidências qualquer que fosse o tema em discussão (cotidiano ou científico). Tal dificuldade se manifestava principalmente quando eles tinham que interpretar evidências que eram contrárias à suas crenças. Os professores também demonstraram ter grande dificuldade em interligar conhecimentos que acreditavam ser verdadeiros simultaneamente a evidências e justificativas, cometendo diversos enganos enquanto tentavam fazer isso. As conclusões deste trabalho apontam para recomendações que julgamos serem de grande importância para aqueles que trabalham com a formação de professores.
ASSUNTO(S)
educação teses professores de quimica formação discussões e debates
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8RWQX4Documentos Relacionados
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