ANÁLISE DA VARIABILIDADE GENÉTICA DE POPULAÇÕES DO BANCO DE GERMOPLASMA DE CAMU-CAMU (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVAUGH) UTILIZANDO MARCADORES MICROSSATÉLITES

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) é um arbusto endêmico da Amazônia que se desenvolve em áreas periodicamente alagadas. Seus frutos possuem o maior conteúdo de ácido ascórbico conhecido, sendo por isso utilizado na fabricação de diversos produtos. O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia mantém um Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de camu-camu com plantas desenvolvidas a partir de sementes coletadas em diversas localidades. A utilização de marcadores moleculares microssatélites permite a caracterização dos exemplares existentes no BAG, demonstrando a estruturação e a variabilidade genética existentes, o que possibilita a orientação na seleção de matrizes e na manutenção da diversidade genética. Para tanto, foram desenvolvidos 12 primers microssatélites a partir de uma biblioteca genômica enriquecida, sendo nove polimórficos. O número de alelos por locus variou de 3 a 10, com uma média de 6,89 alelos por locus. A heterozigosidade observada (HO) apresentou uma média de 0,531, enquanto a heterozigosidade esperada (HE), 0,679. Os valores de poder de discriminação estimado DL foram maiores que 0,75 em seis loci, estando próximo a este valor em um locus. Os valores de D foram superiores em sete loci, sendo estes considerados mais informativos e utilizados para as análises das populações. Para auxiliar programas de melhoramento, foram avaliadas a diversidade, a estrutura e as relações genéticas de 17 populações do Banco de Germoplasma do INPA. Sete loci microssatélites continham um total de 135 alelos, com média de 19,3 alelos por locus. Os resultados dos parâmetros de diversidade genética sugerem a existência de um excesso de homozigotos. A análise de variância molecular (AMOVA) mostrou que 79,39% do total da variação genética foi encontrada dentro dos acessos e 20,61% entre as populações, demonstrando a existência de estruturação genética. Não houve correlação entre distâncias genéticas e geográficas (r = 0,23), indicando que as populações não se encontram estruturadas no espaço. Essas informações poderão oferecer apoio na organização do BAG e na orientação de cruzamentos, definindo os acessos/populações mais divergentes geneticamente.

ASSUNTO(S)

myrciaria dubia microssatélites diversidade genética banco de genes de plantas botanica

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