Análise da progressão e da reversão de lesões artificiais de cárie através de espectroscopia Raman e tomografia de coerência óptica
AUTOR(ES)
Rosa Virginia Dutra de Oliveira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
12/12/2011
RESUMO
Existem vários protocolos para o desenvolvimento de lesões artificiais de cárie, no entanto, modelos de ciclagem de pH, envolvendo a exposição de substratos dentários à combinação de desmineralização e remineralização são os mais utilizados, por mimetizar melhor a dinâmica de perda e ganho de minerais. As metodologias empregadas para analisar as lesões obtidas costumam basear-se em análise da superfície, não fornecendo informações sobre alterações ocorridas nas camadas mais profundas. O objetivo do presente estudo foi analisar características de progressão e reversão de lesões artificiais de cárie em esmalte humano. Para tanto, utilizou-se 50 terceiros molares inclusos, dos quais se obteve cem blocos de esmalte. O tratamento desmineralizador consistiu em ciclagem de pH por diferentes períodos de tempo: G1(1 dia), G2(3 dias), G3(5 dias), G4(7 dias), G5(9 dias) e G6(11dias). E o tratamento remineralizador em aplicações de flúor gel neutro a 2%, em dias alternados, concomitante a ciclagem de pH, durante 7 dias. As amostras foram analisadas antes e após os tratamentos, utilizando Espectroscopia Raman (ER) para análise de conteúdo de fosfato de cálcio e Tomografia de Coerência Óptica (TCO) para análise das características morfológicas. Após tratamento desmineralizador observou-se perda de fosfato de cálcio menor em G1 do que nos demais grupos. Os resultados mostraram que em G1 e G2 a superfície apresentou-se inalterada após tratamento desmineralizador; em G3 e G4 observaram-se irregularidades, denotando erosão inicial da superfície do esmalte, as quais progrediram, resultando em exposição da dentina subjacente em G6. Abaixo da superfície houve progressão da desmineralização, de acordo com os períodos crescentes de tempo, sendo que a região cervical apresentou maior desmineralização do que a oclusal. Quantificando perda e ganho de fosfato de cálcio, observou-se para G1 e G2 perda mineral após o tratamento remineralizador, enquanto G3, G4, G5 e G6 apresentaram ganho. Com relação à análise morfológica após remineralização, observou-se reversão do processo apenas para G5. Períodos maiores de armazenamento apresentaram efeito gradativo na desmineralização da superfície e da subsuperfície do esmalte. A região cervical apresentou-se mais sensível à desmineralização e exposição dentinária do que a oclusal. Períodos menores de armazenamento não apresentaram resposta ao tratamento remineralizador.
ASSUNTO(S)
cárie dentária esmalte dentário remineralização dentária desmineralização dentária odontologia tooth demineralization tooth remineralization dental enamel dental caries
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.biblioteca.ufpb.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2096Documentos Relacionados
- Tomografia de coerência óptica broncoscópica
- Avaliação através da tomografia por coerência óptica do esmalte dentário após o uso de dentifrícios clareadores
- A importância da tomografia de coerência óptica no papiledema
- Avaliação de alterações microvasculares da retina e coroide em pacientes sob hidroxicloroquina através da angiografia por tomografia de coerência óptica
- Detecção de perda neural localizada através da redução da espessura macular na tomografia de coerência óptica: relato de caso