Análise da produção do espaço urbano de Londrina : de cincão à zona norte : 1970-2007

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/07/2009

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo entender a produção do espaço urbano da zona norte de Londrina de 1970 a 2007, enfocando o papel dos diferentes agentes que comandaram este processo, bem como a dinâmica de produção por eles estabelecidas. Através de uma análise da formação econômica, social e espacial norte paranaense na qual se insere a cidade de Londrina, procurou-se compreender a dinâmica da produção do espaço urbano da cidade como um todo para entender especificamente a zona norte como parte integrante deste processo. A zona norte de Londrina começou a ser produzida a partir do final da década de 1970, no âmbito de uma política habitacional federal, implementada pelo Banco Nacional de Habitação em um período de profunda crise de moradia no Brasil. Aproveitando-se desta política, o poder público local iniciou a construção dos conjuntos habitacionais nesta porção da cidade. Conjuntos habitacionais gigantescos foram edificados distantes do centro da cidade e carentes de infra-estrutura, com a dotação de infra-estrutura e a instalação de equipamentos de consumo coletivo, novos conjuntos foram sendo construídos, os vazios foram gradativamente ocupados pelos loteamentos da iniciativa privada, novas áreas incorporadas ao uso urbano e a zona norte tornou-se uma área de forte valorização imobiliária e de expansão urbana. Para a realização deste trabalho, contou-se com inúmeros trabalhos de campo para o reconhecimento da área, entrevistas e levantamentos de dados em órgãos públicos e privados, entrevistas com moradores locais, entre outras. Para compreender a gênese e a produção da zona norte, procurou-se, inicialmente, analisar a produção do espaço urbano de Londrina como um todo, para, em seguida, compreender especificamente a produção da zona norte. Analisou-se no decorrer do processo de produção desta porção da cidade, o papel do Estado através da construção dos conjuntos habitacionais e da oferta de infra-estrutura urbana e equipamentos de consumo coletivo; o papel do capital privado, através do investimento em aberturas de loteamentos na verticalização e no investimento em empreendimentos industriais, comerciais e prestadores de serviços; o papel da classe trabalhadora, em especial a população de menor poder aquisitivo, denominados grupos sociais excluídos que lutam pelo direito à cidade. Deu-se atenção especial ainda à centralidade exercida pela zona norte no contexto econômico da cidade, visto que o subcentro da Avenida Saul Elkind concentra uma diversidade de atividades comerciais e prestadoras de serviços voltadas a atender um intenso e exigente mercado consumidor.

ASSUNTO(S)

conjuntos habitacionais política habitacional urban geography geografia urbana planejamento urbano city planning cooperative apartment houses housing policy

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