Análise da origem de células precursoras de odontoblastos durante a dentinogênese reparativa / Analysis of the origin of odontoblast like cells during reparative dentinogenesis

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2011

RESUMO

Na polpa saudável, os odontoblastos pós-mitóticos responsáveis pela secreção de dentina primária e secundária sobrevivem durante a toda a vida do dente e são responsáveis pelas respostas às injúrias externas através da produção de dentina terciária focalmente abaixo do local da agressão. Os odontoblastos sobreviventes à injúria secretam uma matriz de dentina reacional, entretanto, os irreversivelmente danificados, são substituídos por uma segunda geração de células com as mesmas características morfofisiológicas. Estas células são derivadas do recrutamento, proliferação e diferenciação de células pulpares que possuam propriedades de células tronco, para formar uma nova matriz de dentina reparativa como parte do processo de reparo do complexo dentino pulpar. O mecanismo de reparo que segue após uma injúria dental é fundamental para a sobrevivência da polpa e envolve uma série de processos que precisam ser completamente esclarecidos mais precisamente a origem das células precursoras da nova geração de odontoblastos que irão secretar dentina reparativa. Embora evidências sugiram que esta nova geração de odontoblastos tenha origem de células do tecido conjuntivo pulpar, a exata origem destas células ainda não está completamente esclarecida. O objetivo deste estudo foi utilizar camundongos transgênicos que expressam green fluorecent protein (GFP) em todas as células do corpo, com exceção dos eritrócitos, e a técnica cirúrgica de parabiose para unir dois camundongos isogênicos, um GFP e outro não-GFP de maneira a formar um par parabiótico, que possa compartilhar a mesma circulação sanguínea cruzada (células marcadas do camundongo GFP passam para a corrente circulatória do camundongo não-GFP). Após a parabiose foi realizada uma exposição pulpar, devidamente capeada, nos molares dos camundongos não-GFP para estimular a produção de dentina terciária reparativa e conseqüentemente a diferenciação de novos odontoblastos. Os animais foram sacrificados e os molares dos camundongos não-GFP, processados para análise em microscopia de fluorescência. Foi observada a presença de células GFP (células verdes ao microscópio de fluorescência), originárias do sangue periférico (SP) de camundongos GFP, participando do processo de dentinogênese reparativa nos molares de camundongos não-GFP. Este estudo sugere a primeira evidência da participação de células troco mesenquimais do sangue periférico (CTM-SP) no processo de diferenciação de novos odontoblastos durante a dentinogênese reparativa

ASSUNTO(S)

polpa dental parabiose dental pulp parabiosis

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