Análise da incidência temporal, espacial e de tendência de fogo nos biomas e unidades de conservação do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. Florest.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

Resumo O Brasil tem extensas formações vegetais ao longo do seu território que são afetadas por ocorrências de queimadas, necessitando de um monitoramento espaço-temporal e de estudos que relacionem a sua atuação nos biomas e nas áreas protegidas do país. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi analisar o comportamento temporal e espacial das ocorrências de fogo de 2003 a 2017 nos biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, incluindo as incidências nas áreas de Unidades de Conservação, verificando possíveis padrões da distribuição dos focos, assim como a tendência estatística das suas ocorrências. Foram utilizados dados geoespaciais de 2003 a 2017 do satélite de referência AQUA_M-T obtido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e das Unidades de Conservação disponibilizados pelo Ministério do Meio Ambiente. Estatisticamente, foi aplicado o algoritmo Kernel para analisar a distribuição espacial a partir da média da série temporal estudada, e o teste não paramétrico de Mann-Kendall, considerando também a sua Persistência de Longo Alcance para verificar a tendência de ocorrência. Observou-se que os biomas Amazônia e Cerrado possuem, respectivamente, os maiores focos de fogo, com o Cerrado tendo maior área queimada. Consequentemente, as Unidades de Conservação localizadas nestes biomas tiveram maior quantidade de focos detectados. A análise da tendência estatística indicou que o crescimento da ocorrência de fogo possui sazonalidade em todos os biomas, com o Pampa sendo caracterizado por uma condição natural. Portanto, o estudo permitiu identificar e quantificar, espacialmente, os maiores focos de queimadas nos Biomas brasileiros, bem como nas Unidade de Conservação em cada respectivo bioma para a série estudada, servindo como base para medidas de prevenção e controle do fogo principalmente nas Unidades de Conservação que possuem maiores ocorrências no país.

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