Análise da expansão urbana de Marília, São Paulo: um olhar sobre os remanescentes florestais ciliares periurbanos
AUTOR(ES)
Ribas, Eduardo Campanhã; Biondi, Daniela; Lopes, Iran Jorge Corrêa; Reis, Allan Rodrigo Nunho dos; Oliveira, Thiago Gomes de Sousa
FONTE
Interações (Campo Grande)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo: Devido à sua localização, a cidade de Marília, SP, encontra-se em uma região importante para o abastecimento hídrico do oeste paulista, e sua área urbana avança sobre as nascentes, sendo necessário preservar as forestas ciliares já degradadas e fragmentadas. Assim, o objetivo foi analisar temporalmente a paisagem nas regiões de interesse hídrico, com vistas a avaliar o potencial de conservação dos fragmentos florestais responsáveis por este recurso. Foi realizada uma análise temporal nos anos 1989, 1999, 2009 e 2019, a partir de imagens dos satélites Landsat 5, 7 e 8, com 30 m de resolução espacial. No programa ArcMap 10.3, o uso do solo foi agrupado em seis classes: formação florestal, planto florestal, formação natural não florestal, agricultura, áreas não vegetadas e água. Para todo o município, foram calculadas as métricas de paisagem CA (cobertura da terra) e PLAND (proporção de cobertura da terra) para as seis classes de uso do solo. Foi realizada uma análise da cobertura florestal a partir de um buffer de 5 km no entorno da área urbana, sendo calculadas mais cinco métricas de área, borda e forma. O software Patich Analyst versão 5.2.0.16 foi utilizado para o cálculo das métricas de paisagem. As classes que mais se destacaram em tamanho de área foram agricultura (93.962,07 ha; 80,27%), formação florestal (15.682,97 ha; 13,40%) e áreas não vegetadas (5.220,63 ha; 4,46%). Os maiores aumentos proporcionais foram de planto florestal (0,11 para 1,27 ha), água (0,02 para 0,05 ha) e áreas não vegetadas (2,17 para 4,45 ha), enquanto a agricultura perdeu área (85,73 para 80,27 ha). Houve aumento das áreas forestadas nos últimos 30 anos a partir do surgimento de fragmentos pequenos e morfologicamente frágeis; além disso, com o aumento da área urbana, aumentam-se os conflitos com os remanescentes florestais mais próximos.
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