Análise da degradação ambiental da bacia hidrográfica do Arroio Pelotas-RS, através do Diagnóstico Físico-Conservacionista (DFC)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012

RESUMO

A pesquisa constituiu-se em um estudo de cunho ambiental, em que foi proposta a aplicação da metodologia do Diagnóstico Físico-Conservacionista (DFC) para analisar a degradação ambiental na Bacia Hidrográfica do Arroio Pelotas (BHAP). Baseando-se na metodologia desenvolvida, primeiramente, pelo Centro Interamericano de Desenvolvimento de Águas e Terras (CIDIAT), com sede na Venezuela, e pelo Ministério do Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (MARNR) deste mesmo país e adaptada a realidade brasileira, por Beltrame. A BHAP está localizada na região sudeste do Estado do Rio Grande do Sul, abrange parte de quatro municípios, Arroio do Padre, Canguçu, Morro Redondo e Pelotas, com uma área de aproximadamente 923 km2 e o curso principal da bacia tem extensão de 99 km de suas nascentes até a foz. O DFC consiste na aplicação de sete parâmetros que irão compor a fórmula descritiva final, a qual indicará o índice de degradação de cada setor da bacia. A BHAP foi setorizada levando em consideração a geomorfologia, a rede de drenagem, declividade e principalmente a geologia, a qual deu origem a dois setores: setor A 699 km2 (ESRG) e setor B 224 km2 (PCRS). Os resultados da fórmula descritiva final relacionada com a equação da reta na qual expressa numericamente o estado físico-conservacionista da bacia, demostraram que no setor A dos 699 km2 (75,73%) que compõem esta área, 581.02 km2 estão passando por algum tipo de processo degradacional, o que corresponde a aproximadamente 62,94% deste setor. No setor B dos 224 km2 (24,27%) distribuídos nesta área, 107.3 km2 estão sobre o efeito de algum processo de degradação, o que, corresponde a 11,69% deste setor. Após o cruzamento de todos os dados, bem como a comparação entre os usos do solo nos anos de 1985 e 2011, foi possível criar um mapa final que demostrou-se o potencial de suscetibilidade a processos degradacionais dos setores da BHAP. Foram classificados cinco níveis de suscetibilidade e relacionado a esses, processos de otimização do uso do solo. Compreendendo então, as áreas a serem preservadas que correspondem ao nível muito alto no mapa de suscetibilidade e equivalem a 2% do setor A e 6% do setor B. As áreas a serem recuperadas correspondem ao nível alto e representam 13% do setor A e 9% do setor B; as áreas a serem otimizadas equivalem ao nível moderado a alto e representam 24% do setor A e 13% do setor B; as áreas a serem mantidas com o mesmo uso equivalem aos níveis moderado e baixo e a somatória no setor A é de 27% e do setor B 7%. Para que as proposta de otimização do uso do solo seja eficaze no combate ou estabilização do processo de degradação é preciso a utilização de práticas conservacionistas. A aplicação do DFC mostrou-se eficiente para a análise da degradação ambiental na BHAP, não sendo apenas uma questão de simples aplicação, mas sim o acréscimo e aperfeiçoamento de soluções para a aquisição dos índices dos parâmetros. Os dados obtidos nesta pesquisa poderão ser empregados para colaborar em um planejamento ambiental, como subsidio sustentável para o uso do solo na BHAP, permitindo a identificação e redução dos impactos ambientais negativos.

ASSUNTO(S)

geografia física physique diagnostic conservationniste bassin hydrographique bacia hidrografica pelotas, arroio (rs)

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