Ánalise da atividade muscular e consumo de oxigênio no ciclismo dentro e fora da água

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Exercícios realizados na água, como ciclismo aquático, têm sido utilizados como um método alternativo para o treinamento esportivo e a reabilitação. No entanto, há pouca informação sobre características biomecânicas do ciclismo aquático. Informações a esse respeito são importantes para um melhor entendimento deste exercício. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi analisar e comparar a atividade muscular e o consumo de oxigênio no ciclismo realizado dentro e fora da água. A amostra foi composta por 15 homens saudáveis (25,07±5,31 anos; 72,5±6,10 kg; 1,74±0,03 m). Eles realizaram testes de capacidade aeróbia nos cicloergômetros estacionários terrestre (CET) e aquático (CEA). Foi mensurado o consumo de oxigênio de exercícios submáximos constantes em ambos cicloergômetros e, por último, foi registrada a ativação muscular dos músculos reto femoral (RF), vasto lateral (VL) e isquiossurais (IS) para os mesmos exercícios submáximos realizados anteriormente. O ciclismo aquático foi realizado com imersão até o manúbrio com temperatura da água em torno de 32 °C. A análise dos dados foi realizada no programa SPSS 15.0 e foi considerado um nível de significância estatística de 5% (valor- =0,05). Os resultados revelaram que houve diferença significativa no consumo máximo de oxigênio entre o CET e o CEA, sendo maior no CET do que no CEA (3,96±0,36 L.min-1 e 3,51±0,47 L.min-1, respectivamente; p<0,05). A potência no CEA foi estimada pelo consumo de oxigênio dos exercícios submáximos realizados em ambos cicloergômetros. Não houve diferença significativa entre a condição CET a 40 rpm com 40 W e CEA a 40 rpm (0,871±0,078 L.min-1 e 0,884±0,077 L.min-1, respectivamente; p = 0,980) e entre a condição CET a 50 rpm com 100 W e CEA a 50 rpm (1,454±0,052 L.min-1 e 1,384±0,141 L.min-1, respectivamente; p = 0,177). A atividade muscular foi comparada entre os exercícios submáximos dos cicloergômetros para as mesmas potências e cadências. Os resultados mostraram que somente houve diferença significativa entre as atividades musculares do RF para a cadência 40 rpm (p = 0,046), não houve diferenças para os demais músculos (VL e IS). Conclui-se que, o ambiente aquático interfere no consumo máximo de oxigênio. Através do consumo de oxigênio foi possível determinar a potência dos exercícios submáximos realizados 10 no CEA e a ativação muscular foi igual para uma mesma potência entre o CET e o CEA, exceto para o RF para a cadência de 40 rpm.

ASSUNTO(S)

consumo de oxigênio/fisiologia decs. exercícios físicos aquáticos aspectos fisiológicos teses. eletromiografia teses ciclismo aspectos fisiológicos teses. biomecanica teses.

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