Análise comparativa da cicatrização da pele com o uso intraperitoneal de extrato aquoso de Orbignya phalerata (babaçu). Estudo controlado em ratos
AUTOR(ES)
Martins, Nelson Lúcio Parada, Malafaia, Osvaldo, Ribas-Filho, Jurandir Marcondes, Heibel, Marcel, Baldez, Raimundo Nonato, Vasconcelos, Paulo Roberto Leitão de, Moreira, Hamilton, Mazza, Marcelo, Nassif, Paulo Afonso Nunes, Wallbach, Tatiana Zacharow
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
INTRODUÇÃO: A cicatrização das feridas é processo altamente complexo com várias fases. Inúmeras substâncias têm sido usadas desde os tempos remotos para estimulá-la. Entre elas, o extrato da Orbignya phalerata com possível ação estimulante da cicatrização. OBJETIVO: verificar a ação cicatrizante da Orbignya phalerata na cicatrização das feridas cirúrgicas da pele através de análise comparativa das alterações histológicas e morfológicas. MÉTODOS: Foram utilizados 60 ratos, da linhagem Wistar, adultos e machos. Para o experimento, eles foram distribuídos de forma aleatória em dois grupos de 30 cada e usada a substância Orbignya phalerata intraperitoneal na dose de 50 mg/Kg, no primeiro dia da operação em um dos grupos. O procedimento experimental constituiu-se em incisão cutânea circular de dois centímetros de diâmetro com punch metálico. No grupo controle não foi usada a substância. Os ratos foram mortos nos 7°, 14°, 21° dias do pós-operatório. Realizou-se a análise macroscópica com lupa e paquímetro, para avaliação da evolução do aspecto da lesão cicatricial e morfométrica da ferida feita por análise histológica; as lâminas foram coradas com Hematoxilina-Eosina (HE) e tricrômio de Masson e observaram-se a proliferação vascular, células mononucleares, células polimorfonucleares, proliferação fibroblástica, fibras colágenas e reepitelização. RESULTADOS: Mostraram na macroscopia dos animais do grupo experimento de sete dias que um apresentou pequena quantidade de secreção sem outras alterações dignas de nota; nos animais de 14 dias identificou-se todos com ferida de bom aspecto; nos de 21 dias, foi observada a presença de cicatrização completa em todos os animais. Quanto à análise histológica, houve diferença significativa entre os grupos nas variáveis monocelulares e fibras colágenas em todos os dias, e no 7º dia foi observada diferença significativa na proliferação fibroblástica e reepitelização. CONCLUSÃO: observou-se efeito favorável do extrato aquoso do mesocarpo do babaçu em nível microscópico do processo de cicatrização, nas variáveis mononucleares e fibras colágenas, em todos os dias e entre os grupos.
ASSUNTO(S)
cicatrização de feridas fitoterapia orbignya phalerata fisiologia da pele
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