Análise bidimensional da assimetria da marcha na hemiplegia espástica
AUTOR(ES)
Zonta, Marise Bueno, Ramalho Júnior, Amancio, Camargo, Regina Maria Ribeiro, Dias, Fabiano Hessel, Santos, Lúcia Helena Coutinho dos
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-09
RESUMO
RESUMO Objetivo: Medidas simples para mensuração da marcha na rotina clínica podem ser úteis quando os sistemas complexos para a análise da marcha não estão disponíveis. O objetivo deste estudo foi quantificar a assimetria na marcha de crianças com hemiplegia espástica por meio de uma análise bidimensional por videografia e relacionar a assimetria à função motora. Métodos: Vinte e quatro crianças com paralisia cerebral do tipo hemiplégica espástica (19 do sexo masculino, 5 feminino; média de idade de 49 meses [± 5 meses], variando de 39 a 60 m) foram avaliadas por meio da análise bidimensional por videografia, e os parâmetros analisados foram comparados a valores normais e com dados clínicos e funcionais. Resultados: Foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre as médias do tempo de balanço (p = 0,002), tempo de apoio (p = 0,01) e da relação apoio/balanço (p < 0,001). A comparação aos valores normais de Sutherland também demonstrou a assimetria na marcha. Não foi observada relação direta entre a função motora avaliada pela escala GMFM e a assimetria. Já a análise do escore para itens específicos dessa escala pôde relacionar a assimetria à idade de aquisição da marcha independente. Crianças com tônus muscular mais adequado apresentaram maior tempo de apoio no lado envolvido do que aqueles com maior espasticidade (p = 0,03). Conclusões: Esses resultados sugerem que a melhor performance está associada à menor assimetria nesta amostra. Mesmo que a análise bidimensional não ofereça todos os dados cinemáticos de um laboratório de marcha, acreditamos que pode contribuir para a avaliação de crianças com paralisia cerebral.
ASSUNTO(S)
marcha paralisia cerebral hemiplegia criança
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