Analisando a dacriocistorrinostomia endoscópica: dificuldades e soluções

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-06

RESUMO

OBJETIVO: Verificar a incidência de dificuldades operatórias em dacriocistorrinostomias endoscópicas, assim como propor soluções. MÉTODOS: Estudo retrospectivo que verificou nossos registros de 268 dacriocistorrinostomias endoscópicas endonasais, em 241 pacientes, realizadas de outubro de 1999 a agosto de 2005. A idade dos pacientes variou de 2 a 92 anos (média: 49,1 anos). A uncinectomia (remoção de parte do processo uncinado) foi utilizada como acesso à fossa lacrimal, não havendo necessidade de brocas. RESULTADOS: Houve dificuldades operatórias em 37 (13,8%) procedimentos. As dificuldades mais comuns foram: hemorragia (n=12) e anormalidades da anatomia nasal (n=14). Houve ainda dificuldade em alguns casos de mucocele, células etmoidais anteriores e processo uncinado resistente. Das alterações nasais que dificultaram a cirurgia, a mais comum foi desvio de septo, seguida de pólipos, hipertrofia da concha média e fratura da parede lateral. Complicações ocorreram em apenas 5 (1,9%) casos, incluindo epistaxe pós-operatória (n=3), enfisema subcutâneo na face e deslocamento do tubo de silicone. CONCLUSÃO: A dacriocistorrinostomia endoscópica endonasal com uncinectomia mostrou-se segura, com um mínimo de complicações no pós-operatório. Embora a maioria das cirurgias tenha transcorrido sem dificuldades, este procedimento pode ser tecnicamente difícil, principalmente na presença de hemorragia ou espaço nasal reduzido.

ASSUNTO(S)

dacriocistorinostomia doenças do aparelho lacrimal obstrução dos ductos lacrimais endoscopia estudos retrospectivos

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