An Updated Primer on Entrustable Professional Activities (EPAs)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. educ. med.

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/01/2020

RESUMO

RESUMO Desde a virada do milênio, a Educação Médica Baseada em Competências (EMBC) tornou-se um novo padrão para a formação médica em muitos países. A EMBC foi operacionalizada em estruturas detalhadas de competências que todo médico deve demonstrar na graduação, e estruturas semelhantes foram criadas para especialidades. No entanto, as competências, descrevendo as qualidades que os médicos devem possuir, não se traduzem diretamente nas atividades cotidianas dos médicos. Por essa razão, as Atividades Profissionais Confiáveis (APCs) foram introduzidas. As APCs são unidades de prática profissional que podem ser confiadas aos estudantes, uma vez que demonstram as competências necessárias para executá-las sem supervisão. As APCs se tornaram um tema popular nos programas de EMBC em diferentes países com centenas de publicações em poucos anos. Este trabalho foi escrito para apresentar em língua portuguesa as fortalezas e fragilidades das APCs. Após uma sucinta revisão histórica, expõe-se a razão de as APCs serem uma ponte entre o marco das competências e a prática clínica diária. Enquanto as competências são qualidades dos indivíduos, as APCs são unidades de trabalho. As duas podem ser vistas como duas dimensões de uma matriz, mostrando que quase todas as atividades na área da saúde se baseiam em múltiplas competências, como capacidade de comunicação, colaboração, comportamento profissional e conhecimento de conteúdo. Em continuidade, apresentam-se o modo de elaborar uma tomada de decisão de atribuição como forma de avaliação e os referenciais para os níveis de supervisão. As decisões de atribuição se concentram nos cinco níveis de supervisão que o estudante demanda para realizar uma atividade específica: 1. ao aprendiz é permitido observar; 2. é permitido executar a APC sob supervisão; 3. é permitido realizar a APC com supervisão indireta; 4. é permitido executar a atividade sem supervisão; 5: é permitido supervisionar aprendizes iniciantes. Para os leitores interessados em aplicar esse conceito na prática, é proposto um processo com o passo a passo dentro do desenvolvimento curricular. O artigo conclui com uma revisão do estado da arte do trabalho com as APCs em diferentes disciplinas, profissões e países.ABSTRACT Since the turn of the millennium, competency-based medical education (CBME) has become a new standard for medical training in many countries. CBME has been operationalized in detailed frameworks of competencies that every physician should demonstrate at graduation, and similar frameworks have been created for specialties. However, the competencies, describing qualities that physicians should possess, do not directly translate into everyday activities of physicians. For that reason, the Entrustable Professional Activities (EPAs) were introduced. EPAs are units of professional practice that may be entrusted to undergraduate students, once they show the competencies needed to perform them without supervision. EPAs have become a popular topic within CBME programs in many countries and hundreds of publications within only a few years. This paper was written to introduce the strengths and weaknesses of EPAs. After a brief historical overview, the reason why EPAs are a bridge between a competency framework and daily clinical practice is explained. While competencies are qualities of individuals, EPAs are units of work. The two can be seen as two dimensions of a matrix, showing that almost all activities in health care are based on multiple competencies, such as communication skill, collaboration, professional behavior, content knowledge. Next, entrustment decision-making as a form of assessment is created and a framework of levels of supervision is presented. Entrustment decisions focus on the level of supervision a student requires for a specific activity, divided into five levels (1: allowed to observe; 2; allowed to perform under direct supervision; 3: allowed to perform under indirect supervision; 4: allowed to perform the activity unsupervised; 5: allowed to supervise the activity performed by more junior learners). For readers interested in applying the concept to practice, a stepwise approach to the curriculum development is proposed. The paper concludes with an overview of the state-of-the-art of working with EPAs across disciplines, professions and countries.

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