Amputação do reto convencional x laparoscópica no tratamento do câncer do reto distal após quimioirradiação neoadjuvante: resultados de estudo prospectivo e randomizado
AUTOR(ES)
Araujo, Sergio Eduardo Alonso, Sousa Jr, Afonso Henrique da Silva e, Campos, Fábio Guilherme Caserta Marysael de, Habr-Gama, Angelita, Dumarco, Rodrigo Blanco, Caravatto, Pedro Paulo de Paris, Nahas, Sergio Carlos, Silva, José Hyppólito da, Kiss, Desidério Roberto, Gama-Rodrigues, Joaquim José
FONTE
Revista do Hospital das Clínicas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
OBJETIVO: Comparar os resultados de eficácia e segurança do emprego da operação de amputação do reto por via laparoscópica e por via convencional no tratamento cirúrgico de pacientes com câncer do reto distal que apresentaram resposta incompleta a quimioirradiação pré-operatória. MÉTODO: Vinte e oito pacientes com adenocarcinoma de reto distal foram randomizados para se submeter à amputação do reto por via laparoscópica ou à amputação do reto por via convencional. Treze pacientes submeteram-se à amputação do reto por via laparoscópica e 15 à amputação do reto por via convencional. RESULTADOS: Não houve diferença significativa (p<0,05) no que se refere a: sexo, idade, índice de massa corpórea, história pessoal de operação abdominal, complicações intra e pós operatórias, necessidade de hemotransfusão, tempo de internação hospitalar após a operação, extensão da peça ressecada e estadiamento anatomopatológico. O tempo operatório médio foi de 228 minutos para amputação do reto por via laparoscópica versus 284 minutos para amputação do reto por via convencional (p=0,04). A duração média de anestesia foi menor (p=0,03) para amputação do reto por via laparoscópica quando comparado com amputação do reto por via convencional: 304 e 362 minutos respectivamente. Não foram realizadas conversões nos pacientes submetidos à amputação do reto por via laparoscópica . Após seguimento médio de 47,2 meses e excluindo-se dois pacientes do grupo amputação do reto por via convencional que no intra-operatório apresentavam metástases sincrônicas, observou-se recidiva local em dois pacientes no grupo amputação do reto por via convencional e em nenhum do grupo amputação do reto por via laparoscópica. CONCLUSÕES: Concluímos que a amputação do reto por via laparoscópica é exequível nos mesmos moldes que a amputação do reto por via convencional no que se refere à duração da operação, morbidade intra-operatória, perda sangüínea e morbidade pós-operatória. Há necessidade de maior casuística e seguimento ainda não disponíveis para a adequada avaliação da radicalidade oncológica, ocorrência de recidiva e sobrevida para pacientes submetidos a tratamento cirúrgico do câncer do reto por amputação do reto por via laparoscópica.
ASSUNTO(S)
câncer do reto ressecção laparoscopia amputação abdominoperineal
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