Ambivalências pretas nas guerras pernambucanas do açúcar: estratégias de colaboração e resistência

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo: Apontar as estratégias de colaboração e de resistência pretas durante as guerras pernambucanas do açúcar em diálogo com as recentes pesquisas sobre classificação sociorracial no mundo colonial é o objetivo do presente artigo. Nas abordagens historiográficas mais clássicas, a participação dos negros no Tempo dos flamengos se resumiu à dimensão da posição dos neerlandeses quanto à escravidão e à catequese. O enfoque nativista lançou as bases da primazia da resistência africana, baseada na emblemática experiência de Henrique Dias e do Terço dos Pretos. Já as associações afro-batavas a nível de colaboração ou cooperação individual com os novos dominadores foram pautas silenciadas pela historiografia. A microanálise da documentação colonial portuguesa e neerlandesa permite recuperar as ambivalências pretas que caracterizam os comportamentos integrados ao conflito luso-holandês.

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