Ambiguidades e contradições no atendimento de mulheres que sofrem violência
AUTOR(ES)
Villela, Wilza Vieira, Vianna, Lucila A. Carneiro, Lima, Lia Fernanda Pereira, Sala, Danila C. Paquier, Vieira, Thais Fernanda, Vieira, Mariana Lima, Oliveira, Eleonora Menicucci de
FONTE
Saúde e Sociedade
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-03
RESUMO
Este artigo discute o atendimento a mulheres em situações de violência por serviços de saúde e de segurança pública. Tem como pressuposto que as atuais políticas de enfrentamento da violência contra as mulheres preveem ações dessas duas instituições. Baseia-se na análise de três elementos que compõem a prática: o espaço físico, o fluxo dos serviços e a percepção dos profissionais em relação às usuárias. Seus dados foram obtidos em estudo qualitativo realizado em unidades básicas de saúde, serviços de emergência de hospitais públicos, delegacias especializadas no atendimento a mulheres e distritos policiais de uma região da cidade de São Paulo. A coleta de dados incluiu observação não participante e entrevistas com profissionais. Os resultados apontam que o atendimento às mulheres que sofrem violência é marcado por ambiguidades e contradições; os espaços e fluxos de trabalho são pouco adequados à tarefa tão sensível e a percepção dos profissionais é permeada por estereótipos de gênero. Isso sugere que o enfrentamento da violência contra as mulheres exige a reconfiguração das práticas de trabalho, com educação permanente para os profissionais e mudanças nos processos de trabalho.
ASSUNTO(S)
violência institucional violência contra as mulheres serviços de saúde serviços de segurança pública promoção de saúde
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