Amamentação exclusiva e participação na vida cotidiana: uma perspectiva ocupacional da maternidade

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Bras. Ter. Ocup.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-03

RESUMO

Resumo Introdução O aleitamento materno exclusivo está imerso em um amplo debate. Por um lado, este fenômeno é considerado a partir de discursos relacionados aos modelos biomédicos, sociais e patriarcais impactando os papéis ocupacionais das mulheres; por outro lado, existe um movimento social que o defende como um mandato de gênero da maternidade. Já a literatura indica que a amamentação de fato influencia a participação ocupacional - tanto na diversidade quanto na importância das atividades cotidianas, demonstrando provas suficientes a este respeito. Objetivo Compreender o impacto do aleitamento materno exclusivo na participação ocupacional de um grupo de mulheres chilenas. Método Trata-se de um estudo exploratório de natureza qualitativa, com amostragem intencional de dez mães chilenas. Utilizou-se entrevista semiestruturada para a coleta de informações. Os dados foram analisados através do processo de codificação. Resultados As narrativas das mulheres mães, em torno do impacto do aleitamento materno exclusivo na implicação ocupacional referem à amamentação como: ocupação significativa e/ou impositiva, gerando alterações na transição ocupacional da maternidade e da escolha de novas ocupações. A influência do contexto sócio sanitário que explica e estabelece esse fenômeno. Finalmente, os papéis como mulher mãe ou mãe mulher nos convidam a reconstruir e repensar novas identidades ocupacionais e os papéis de gênero associados com a amamentação. Conclusão Foi possível estabelecer uma relação direta entre o aleitamento materno exclusivo e a participação ocupacional das mulheres, por isso é fundamental compreender a construção cultural deste fenômeno e suas implicações pessoais, ocupacionais e contextuais.

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