Alternativas de manejo do capim-tifton 85 sob pastejo por cabras leiteiras em lotaÃÃo rotativa / Management alternatives of bermudagrass (tifton 85) under grazing dairy goats in intermittent stocking

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/04/2011

RESUMO

O presente estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar alternativas de manejo da pastagem de capim-tifton 85, sob pastejo por cabras leiteiras em lotaÃÃo rotativa, realizado na Embrapa Caprinos e Ovinos no Cearà (3Â40Â58.42â latitude sul; 40Â16â50.5â longitude e 79 m de altitude).Os manejos foram combinaÃÃes entre altura residual e doses de nitrogÃnio (N), consistiram em Convencional (altura residual 10 cm e sem adubaÃÃo), Leve (altura residual 20 cm e sem adubaÃÃo), Moderado (altura residual 20 cm e adubaÃÃo equivalente a 300 kg de N/ha x ano) e Intensivo (altura residual 10 cm e adubaÃÃo equivalente a 600 kg de N/ha x ano). Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com medidas repetidas no tempo (ciclos de pastejo) em dois perÃodos do ano. Foram quatro repetiÃÃes por manejo ao longo do ano para as caracterÃsticas do pasto. Para as caracterÃsticas animal foram quatro repetiÃÃes no perÃodo chuvoso e cinco repetiÃÃes no perÃodo seco sob irrigaÃÃo. O critÃrio de entrada dos animais foi estabelecido em funÃÃo da luz interceptada pelo dossel, quando esta atingia 95% da radiaÃÃo fotossinteticamente ativa (IRFA). O perÃodo de pastejo consistiu em quatro dias. Dentre as caracterÃsticas do fluxo de biomassa avaliadas a taxa de alongamento foliar (TAlF) foi bastante influenciada pelos manejos (P<0,05), apresentando menor alongamento no manejo Leve durante o perÃodo seco sob irrigaÃÃo (1,54 cm/perf x dia), perÃodo este que apresentou menor TAlF na mÃdia de todos os manejos. As taxas de senescÃncia foliar anterior (TSFa), posterior (TSFp) e senescÃncia total (TST) foram maiores (P<0,05) durante o perÃodo chuvoso (1,04; 0,55 e 1,59 cm/perf x dia, respectivamente). A maior taxa de aparecimento foliar (TApF) foi observada no manejo Intensivo durante o perÃodo seco sob irrigaÃÃo com 0,38 folhas/dia. Dentre as caracterÃsticas estruturais a densidade populacional de perfilhos (DPP) foi maior durante o perÃodo seco sob irrigaÃÃo em todos os manejos, potencializada pela adubaÃÃo nitrogenada devido à maior DPP no manejo Intensivo neste perÃodo. As massas seca de forragem total (MSFT) e forragem verde (MSFV) foram superiores no manejo Moderado na mÃdia dos perÃodos do ano com 7292 e 5118 kg/ha, respectivamente. Fato tambÃm observado nessas mesmas massas na condiÃÃo residual. Juntamente com o manejo Moderado, o manejo Intensivo apresentou elevada massa seca de lÃmina foliar verde (1849 kg/ha, MSLV), mas uma menor massa seca de colmo verde (2541 kg/ha - MSCV) o que favoreceu maior ralaÃÃo folha/colmo para este manejo, observado tambÃm na condiÃÃo residual. O peso dos animais ao longo do perÃodo chuvoso foi decrescente ao contrÃrio do escore que apresentou pouca variaÃÃo. Houve efeito dos manejos sobre o peso e o escore dos animais no perÃodo seco sob irrigaÃÃo, com menor peso para os animais do manejo Intensivo. Houve uma grande oscilaÃÃo do peso dos animais ao longo do perÃodo seco sob irrigaÃÃo, assim como para o escore, mas este apresentando uma crescente a partir do mÃs de Dezembro. Houve uma grande frequÃncia de graus Famacha 3 ao longo do perÃodo seco sob irrigaÃÃo, tendo iniciado logo com o aumento das chuvas. No perÃodo seco sob irrigaÃÃo o controle da verminose pelo mÃtodo Famacha foi mais efetivo. Verificou-se ainda um elevado nÃmero de vermifugaÃÃes para o manejo Moderado no perÃodo chuvoso, mostrando a elevada incidÃncia de verminose ocorrida refletindo no menor escore de condiÃÃo corporal dos animais desse manejo. Foi observada maior taxa de lotaÃÃo para o manejo Intensivo (P<0,05) tanto no perÃodo chuvoso quanto no perÃodo seco sob irrigaÃÃo. A produÃÃo total de leite e a duraÃÃo da lactaÃÃo no perÃodo chuvoso foram maiores para o manejo Convencional, diferentemente no perÃodo seco sob irrigaÃÃo que nÃo apresentou diferenÃa entre os manejos para tal caracterÃstica. Quanto à produtividade, em todas as caracterÃsticas analisadas, o manejo Intensivo foi superior aos outros manejos. Jà no que se refere à produÃÃo individual, o manejo Convencional apresentou valores acima dos outros manejos tanto no perÃodo chuvoso quanto no perÃodo seco sob irrigaÃÃo com mÃdia de 0,782 e 1,453 kg de leite/animal x dia, nos perÃodos, respectivamente. A curva de lactaÃÃo no perÃodo chuvoso apresentou-se curta em todos os manejos, com picos de lactaÃÃo logo na primeira semana de lactaÃÃo e queda brusca de produÃÃo logo em seguida. Jà no perÃodo seco sob irrigaÃÃo a curva de lactaÃÃo foi mais extensa, apresentando momentos de pico diferenciados entre os manejos, tendo maior pico de lactaÃÃo no manejo Leve, com 2243 kg de leite/anima x dia. A RLM foi observada no manejo Intensivo tanto para sistemas com 1 e 3 hectares, sem o descarte do leite com ordenha manual. Com ordenha mecÃnica observou-se uma diminuiÃÃo nas receitas mensais em todas as simulaÃÃes. O manejo Intensivo em Ãreas com 1 e 3 ha com ordenha manual mostra-se com bons indicadores econÃmicos. A produÃÃo de leite de cabras em pastagem de capim-tifton 85 mostra-se mais eficiente em condiÃÃes de manejo Intensivo do pasto, maximizado no perÃodo seco pela irrigaÃÃo do ano devido a melhores condiÃÃes do ambiente de pastejo e menores problemas com verminose.

ASSUNTO(S)

height canopy residual milk goat nitrogen fertilization pasture ecosystem pastagens - manejo forragem gramÃnea plantas forrageiras pastagem e forragicultura adubaÃÃo nitrogenada altura residual do pasto ecossistema de pastagem leite de cabra

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