Alterações morfológicas e carga parasitária da adrenal de cães com leishmaniose visceral
AUTOR(ES)
Momo, Claudia, Rocha, Nathália Alves de Souza, Moreira, Pamela Rodrigues Reina, Munari, Danísio Prado, Bomfim, Suely Regina Mogami, Rozza, Daniela Bernadete, Vasconcelos, Rosemeri de Oliveira
FONTE
Rev. Bras. Parasitol. Vet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar as alterações morfológicas e a carga parasitária da glândula adrenal de 45 cães com leishmaniose visceral (LV). Os animais eram provenientes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araçatuba (SP), região endêmica para a doença. Esses animais são submetidos à eutanásia, devido ao diagnóstico positivo para LV. Os cães foram classificados nos grupos assintomático, oligossintomático e sintomático. A determinação da carga parasitária foi feita por imuno-histoquímica, com utilização de soro hiperimune de cão positivo para LV. Em nove cães, verificou-se um infiltrado inflamatório, composto predominantemente por plasmócitos e macrófagos. Entretanto, apenas oito cães apresentaram macrófagos com formas amastigotas do parasito imunomarcadas em seu citoplasma. As camadas medular e reticulada foram as mais afetadas, possivelmente por um microambiente favorável criado pelos hormônios nestas regiões. A densidade de parasitos no tecido glandular não foi relacionada com os sinais clínicos de LV (P > 0,05). No entanto, a presença do parasito sempre esteve associada à presença de infiltrado inflamatório granulomatoso. Possivelmente, essa glândula não é um sítio ideal para a multiplicação do protozoário, mas a presença de injúrias no tecido glandular poderia influenciar o sistema imune do cão, favorecendo a sobrevivência do parasito nos diferentes órgãos do hospedeiro.
ASSUNTO(S)
leishmania infantum chagasi adrenalite cão imuno-histoquímica
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