Alterações da frequência cardíaca induzidas pelo movimento em crises epilépticas e não-epilépticas
AUTOR(ES)
Oliveira, Gisele R. de, Gondim, Francisco de A.A., Hogan, Edward R., Rola, Francisco H.
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-09
RESUMO
Alterações da frequência cardíaca são comuns em crises epilépticas e não-epilépticas. Estudos prévios não avaliaram adequadamente a contribuição da atividade motora nas alterações da frequência cardíaca, e as crises não foram estudadas durante monitoração prolongada. No presente estudo avaliamos retrospectivamente 143 crises de 76 pacientes admitidos para monitoração com vídeo-EEG no Hospital da Universidade de Saint Louis. As crises foram classificadas de acordo com o grau de atividade motora (severa, moderada e leve/ausente) em: epiléptica grave (EG, N=17), não-epiléptica grave (NEG, N=6), epiléptica moderada (EM, N=28), não epiléptica moderada (NEM, N=11), epiléptica leve (EL, N=35), não-epiléptica leve (NEL, N=33), e aura, N=13. A frequência cardíaca aumentou no período ictal nas crises epilépticas graves, não epilépticas graves, epilépticas moderadas, epilépticas leves (p<0,05). A frequência cardíaca apresentou tendência a retornar aos níveis basais durante o período pós ictal nas crises não epilépticas graves, mas não nas crises epilépticas graves. As auras apresentaram frequência cardíaca basal aumentada. Um limiar de 20% no aumento da frequência cardíaca pode diferenciar eventos epilépticos moderados de eventos epilépticos leves com duração maior que 30 segundos. Em crises epilépticas com atividade motora leve ou ausente, a magnitude do aumento da frequência cardíaca é proporcional à duração do evento. A análise da frequência cardíaca em crises com diferentes quantidades de movimento na fase ictal podem ajudar na diferenciação de crises epilépticas de não epilépticas.
ASSUNTO(S)
crises epilépticas crises não epilépticas frequência cardíaca movimento
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