Alterações comportamentais decorrentes da administração de Melissa officinalis, em ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A Melissa officinalis tem despertado interesse de alguns pesquisadores nos últimos anos devido a algumas particularidades terapêuticas, em especial às relacionadas ao Sistema Nervoso Central (SNC). O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes doses do extrato dessa planta no comportamento de ratos adultos, machos e fêmeas. Os efeitos da administração oral, por gavagem, do extrato alcoólico de Melissa officinalis sobre o comportamento de ratos, após o tratamento agudo ou subcrônico (10 dias), foram avaliados no teste da atividade locomotora (ambulação), teste do Labirinto em cruz elevado (ansiedade) e teste do nado forçado (depressão). Para o tratamento agudo foram usados 50 ratos machos e 50 ratos fêmeas, que foram subdivididos em 5 subgrupos de 10 animais, para receberem: 1) o diluente do extrato (animais controles), 2) diferentes doses do extrato (30, 100 ou 300 mg/kg) por via oral, 3) controle positivo (1 mg/kg de diazepam ou 10 mg/kg de fluoxetina, conforme o teste). Para o tratamento subcrônico (10 dias de tratamento), foram utilizados 50 ratos machos, que foram administrados, diariamente, as mesmas doses mencionadas anteriormente. As fêmeas, por sua vez, foram administradas as doses de 10, 30, 100 ou 300 mg/kg. Os testes foram realizados uma hora após o último dia de administração. Para a avaliação experimental, os animais foram levados cobertos do Biotério Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde/Faculdade de Medicina para o Laboratório de Cirurgia Experimental, da Faculdade de Medicina, e foram mantidos na sala por um período de 1 hora para habituação ao ambiente do teste, onde esses foram realizados 1 hora após a administração dos extratos. Os resultados obtidos não mostraram nenhuma alteração comportamental quando o extrato de Melissa officinalis foi administrado agudamente. No entanto, quando administrado subcronicamente por 10 dias, o extrato modificou o comportamento dos animais, que demonstraram uma resposta sugestiva de atividade ansiolítica, tendo em vista que os animais avaliados no teste do LCE aumentaram a freqüência de entradas e o tempo de permanência nos braços abertos, sem que fosse alterada a freqüência de entradas dos animais nos braços fechados daquele Labirinto. Além disso, o extrato também favoreceu a redução do tempo de imobilidade no teste do nado forçado, sem que fossem observadas quaisquer alterações no número de ambulações avaliado nesses mesmos animais. Diante dos resultados mencionados, esse estudo reforça outros dados experimentais, mostrando que o extrato de Melissa officinalis pode se constituir em uma boa alternativa terapêutica medicinal para o tratamento de algumas alterações comportamentais relacionadas à ansiedade e depressão.

ASSUNTO(S)

melissa officinalis ratos ansiedade depressão neurofarmacologia locomoção ciencias da saude

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