Aloimunidade contra antígenos HLA de classe I em pacientes com síndromes mielodisplásicas e anemia aplástica
AUTOR(ES)
Arruda, Daisy M. M., Silva, Silvia F. R., Silva, Sônia L., Pitombeira, Maria Helena, Campos, Henry H., Mota, Rosa M. S., Naidu, Talapala G.
FONTE
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-02
RESUMO
As síndromes mielodisplásicas (SMD) e a anemia aplástica (AA) apresentam citopenias periféricas necessitando, com freqüência, de reposições transfusionais contínuas de concentrados de hemácias e/ou de concentrados de plaquetas. O objetivo do presente estudo foi verificar a ocorrência de anticorpos anti-HLA de classe I em pacientes portadores das SMD e AA atendidos no ambulatório de Hematologia do Hemoce/UFC. Foram analisados 110 pacientes, sendo 70 com SMD e 40 com AA. A pesquisa de anticorpos anti-HLA de classe I foi realizada frente a um painel (PRA), utilizando-se a técnica de microlinfocitotoxicidade dependente do complemento. Vinte (28,6%) dos 70 pacientes com as SMD e 18 (45%) dos 40 pacientes com AA desenvolveram anticorpos anti-HLA contra o PRA. Esses pacientes que receberam uma carga de antígenos estranhos advindos de múltiplas transfusões de vários doadores de CH e/ou CP, geralmente desenvolvem aloanticorpos contra os antígenos HLA presentes na superfície das plaquetas e dos leucócitos que contaminam esses concentrados. A produção desses anticorpos pode trazer sérias complicações para o tratamento dos pacientes com SMD e AA. As avaliações sistemáticas para detecção de anticorpos anti-HLA após a reposição transfusional podem ser valiosas para adoção de estratégias transfusionais mais adequadas para esta população de pacientes.
ASSUNTO(S)
síndromes mielodisplásicas anemia aplástica transfusão antígenos hla
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