Alimentos utilizados ao longo da história para nutrir lactentes

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

OBJETIVO: Resgatar a história da alimentação infantil, com o intuito de compreender a prática da amamentação. FONTES DOS DADOS: O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases MEDLINE, LILACS e SciELO, Internet, enciclopédias, livros científicos e leigos, literatura, arte e história. Foram consultados textos sobre os cuidados com lactentes em diferentes épocas, a história da Medicina, e artigos científicos recentes sobre nutrição infantil. SÍNTESE DOS DADOS: Durante o período pré-industrial, os costumes pouco variaram, e a chance de sobrevivência estava relacionada ao aleitamento materno ou à sua substituição pelo leite de uma ama. Caso isso não fosse possível, os lactentes recebiam leite animal, alimentos pré-mastigados ou papas pobres em nutrientes e contaminadas, que determinavam altos índices de mortalidade. Nada podia substituir a amamentação com sucesso, e dela dependia a sobrevivência da espécie. Com a Revolução Industrial, as mulheres, que costumavam amamentar, foram trabalhar nas fábricas, motivando a busca de alternativas para nutrir os lactentes. O consumo de leite animal e fórmulas (diluídas, farinhas, leite em pó), bem como a introdução precoce de alimentos comprometeram a saúde das crianças. O movimento feminista e a pílula anticoncepcional determinaram queda da natalidade. As fábricas, visando o lucro, desenvolveram fórmulas modificadas e investiram em propaganda. A sociedade reagiu com um movimento de incentivo ao aleitamento. CONCLUSÕES: Atualmente, reconhecem-se as vantagens do leite materno, e recomenda-se aleitamento exclusivo até os 6 meses, complementado com outros alimentos a partir dessa idade até pelo menos os 2 anos. A alimentação infantil, natural ou artificial, sempre foi determinada e condicionada pelo valor social atribuído à amamentação.

ASSUNTO(S)

aleitamento materno desmame

Documentos Relacionados