Alianças estratégicas: um estudo sobre as práticas de controle de gestão adotadas por empresas dos pólos calçadistas do Vale do Rio dos Sinos-RS e de Franca-SP

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Nas últimas décadas, a globalização dos mercados, entre outros fenômenos, tem provocado o acirramento da competição entre as empresas. Vê-se na cooperação e na coopetição modelos que cada vez mais recebem atenção, uma vez que, dificilmente uma empresa atuando isoladamente conseguirá desenvolver, em tempo hábil, todos os recursos, materiais ou não, para adquirir e manter sua competitividade. Assim, diante das exigências de mercado, as empresas têm na formação de alianças estratégicas uma alternativa de agrupar os recursos necessários para atender a esse mercado e criar uma vantagem competitiva sustentável. Nesse contexto, o presente estudo propõe-se a investigar o grau de utilização dessa estratégia pelas empresas, o formato dos controles de gestão utilizados e um futuro provável das alianças estratégicas realizadas por médias e grandes empresas que compõem os Pólos Calçadistas do Vale do Rio dos Sinos-RS e de Franca-SP. A pesquisa é aplicada, quantitativa e descritiva, situando o comportamento e as expectativas das empresas calçadistas dos dois pólos integrantes da pesquisa. O estudo foi desenvolvido a partir de uma ampla revisão da literatura e de um levantamento de dados. Inicialmente as empresas constantes da amostra foram identificadas através dos cadastros fornecidos pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Novo Hamburgo (ACI) e pelo Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca, configurando-se a participação de 21 empresas pertencentes ao Pólo Calçadista de Franca e 33 empresas pertencentes ao Pólo Calçadista do Vale do Rio dos Sinos. Para a coleta de dados utilizou-se como instrumento um questionário com perguntas em sua grande maioria fechadas. A análise de dados deu-se através da estatística descritiva, aplicando-se a freqüência percentual relativa, identificando-se a representatividade das respostas obtidas em relação ao seu conjunto. Pelos dados obtidos constata-se que a maioria das empresas pesquisadas tem estabelecido alianças estratégicas, tendo como principal objetivo sustentar sua vantagem competitiva. Também foi identificado que a preferência por parceiros recai sobre fornecedores nacionais e é baixa a representatividade das alianças realizadas com concorrentes nacionais e do exterior. Dentre as indústrias que não realizam alianças estratégicas as maiores dificuldades apresentadas são: falta de confiança no parceiro e divergência nos aspectos relacionados à cultura organizacional (crenças e valores). Na grande maioria das empresas que realizaram e que realizam alianças estratégicas, há uma deficiência que pode se constituir em barreira significativa à eficácia das alianças estratégicas: a falta de medidas e indicadores de desempenho das alianças. Constatou-se como oportuno e necessário a criação de um modelo referencial que contemple um conjunto de indicadores, financeiros e não financeiros, como instrumento informativo e de apoio à gestão econômica e operacional dessa estratégia competitiva

ASSUNTO(S)

controles de gestão indicadores de desempenho alianças estratégicas competitividade competitiveness strategic alliances performance indicators ciencias contabeis management controls

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