Além da hipótese de desigualdade de renda e influência na saúde humana: uma exploração global

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/06/2010

RESUMO

OBJETIVO: Analisar se a relação entre a desigualdade de renda e a saúde humana é mediada pelo capital social, assim como a influência do regime político na distribuição de renda nos países. MÉTODOS: Estudo ecológico de trajetórias utilizando dados transversais de 110 países. A variável de desfecho foi a esperança de vida ao nascer; as variáveis independentes foram: desigualdade de renda (medida pelo índice de Gini), capital social (medido pelo índice de percepção de corrupção ou confiança generalizada) e regime político (medido pelo Índice de Liberdade). O Índice de Percepção de Corrupção (um indicador indireto do capital social) foi usado para incluir mais países em desenvolvimento na análise. Foram calculados os coeficientes de correlação de Spearman entre o índice de Gini com as demais variáveis independentes. A análise de trajetória foi realizada para avaliar o efeito da desigualdade de renda, dos proxys de social capital e do regime político na expectativa de vida. RESULTADOS: Os coeficientes de trajetória sugerem que a desigualdade de renda tem maior impacto direto sobre a esperança de vida ao nascer do que por meio do capital social. O regime político atua sobre a esperança de vida ao nascer por meio da desigualdade de renda. CONCLUSÕES: A desigualdade de renda e o capital social têm efeitos diretos sobre a esperança de vida ao nascer. O modelo de regime de "classe/bem-estar" pode ser útil para entender as desigualdades sociais e de saúde entre países, enquanto a hipótese de desigualdade de renda se limita a uma aproximação parcial útil para analisar diferenças dentro dos países.

ASSUNTO(S)

renda iniquidade social desigualdades em saúde desenvolvimento econômico política social sociologia

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