Aleitamento materno em recem-nascidos com internação prolongada no pos-parto : avaliação de um programa de estimulo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

o objetivo deste estudo foi avaliar um programa que tentava preservar a lactação de mães de recém-nascidos com patologias, que se mantiveram afastadas por tempo igualou superior aos cinco primeiros dias de vida. Este programa atingiu 543 pacientes internadas no CAISM, de 1° de janeiro de 1987 a 31 de dezembro de 1988, das quais 377 retornaram pelo menos uma vez ao Ambulatório de Seguimento do Serviço de Neonatologia. Na impossibilidade de se comparar estas crianças com um grupo sem acesso ao programa, por razões metodológicas, foram utilizados como controle grupos de crianças normais de outros trabalhos realizados na região e um grupo de 91 crianças internadas por cinco dias ou mais, em Serviço da região e submetido a programa de incentivo semelhante ao nosso. A taxa de continuação de aleitamento total, calculada por tabela de vida, foi de 46,6% aos 6 meses e de 38,5% aos 12 meses nas mães do programa, bem superior aos 17,6% e 8,6%, respectivamente, no grupo-controle (Maternidade Campinas). As variáveis estatisticamente associadas à duração do aleitamento natural foram: idade materna, número de irmãos vivos, peso de nascimento e idade gestacional, assim como tempo de internação do recém-nascido. Quando analisadas em conjunto, apenas o tempo de internação do recém-nascido e o número de irmãos vivos atingiram significado estatístico. Os resultados obtidos atestam a eficiência do programa utilizado quando comparado com os obtidos pelos outros Serviços mencionados. As crianças estudadas que receberam aleitamento natural apresentaram menos infecções graves durante o primeiro ano de vida. Entretanto, o papel protetor do leite materno foi estatisticamente significativo apenas para as gastroenterocolites

ASSUNTO(S)

nutrição aleitamento materno lactentes

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