Albuminúria e taxa de filtração glomerular em crianças e adolescentes obesos

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/10/2018

RESUMO

Resumo Objetivo: Descrever a frequência de albuminúria em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade e relacioná-la com a gravidade da obesidade, estadiamento puberal, morbidades associadas e com a taxa de filtração glomerular. Método: Estudo transversal incluindo 64 crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade entre 5 e 19 anos de idade. Dados coletados: peso, estatura, circunferência abdominal e pressão arterial sistêmica. Exames laboratoriais: perfil lipídico; glicemia e insulina, utilizados para cálculo do Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR); proteína C reativa; transaminase glutâmico-pirúvica e albuminúria em amostra isolada de urina (ponto de corte < 30 mg/g). A creatinina foi utilizada para o cálculo da taxa de filtração glomerular estimada (eTFG, mL/min/1,73m2). Resultados: A média de idade foi 11,6±3,4 anos, 32 (50%) e 29 (45,3%) eram do gênero masculino e pré-púberes. Quarenta e seis (71,9%) apresentavam obesidade grave. A frequência e a mediana (min/max) dos valores observados para albuminúria (> 30 mg/g) foram 14 (21,9%) e 9,4 mg/g (0,70; -300,7 mg/g). A média da eTFG foi 122,9±24,7 mL/min/1,73 m2. Não houve correlação significante entre o índice de massa corporal, estadiamento puberal, insulina e HOMA-IR com os valores de albuminúria e nem com a eTFG. Crianças com albuminúria tiveram tendência a valores mais elevados de pressão arterial diastólica (75,0±12,2 vs 68,1±12,4, p = 0,071). Conclusão: A albuminúria, apesar de frequente em crianças e adolescentes com obesidade, não se associou com outras morbidades e nem com a taxa de filtração glomerular nesses pacientes.

ASSUNTO(S)

albuminúria taxa de filtração glomerular obesidade criança adolescente

Documentos Relacionados