Ajuste preciso do nível de energia na dieta de frangos de corte para controle do desempenho e da composição lipídica da carne

AUTOR(ES)
FONTE

Cienc. Rural

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-01

RESUMO

O objetivo deste experimento foi avaliar a influência da variação do nível de energia metabolizável na dieta de frangos de corte, associada a uma variação proporcional da densidade nutricional da ração, sobre o desempenho das aves e sobre a composição da fração lipídica da carne. Foram avaliados separadamente machos e fêmeas da linhagem Cobb 500. Para análise de desempenho, foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 6x3, sendo seis níveis de energia metabolizável na ração (2.800, 2.900, 3.000, 3.100, 3.200 e 3.300kcal kg-1) e três idades ao abate (42, 49 e 56 dias). Foi utilizada a metodologia de superfície de resposta para estabelecer um modelo matemático, explicando o comportamento do peso vivo, do consumo de ração e da conversão alimentar. Para a avaliação da composição da fração lipídica da carne, determinou-se o teor de lipídeos totais e de colesterol na carne do peito, na coxa com pele e na coxa sem pele, seguindo um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x3x2, sendo três níveis de energia metabolizável na ração (2.800, 3.000 e 3.300kcal kg-1 de ração), três idades ao abate (42, 49 e 56 dias) e dois sexos. A redução da energia metabolizável da ração até valores próximos de 3.000kcal kg-1 não afetou o peso vivo, mas, reduzindo a energia da ração abaixo desse valor, o peso vivo diminui. O consumo de ração foi menor quando o nível energético da ração foi mais alto. A conversão alimentar melhorou de forma proporcional ao aumento do nível energético da ração. O desempenho de todas as aves ficou dentro da faixa considerada adequada para a linhagem. A carne de peito apresentou menos lipídeos totais e colesterol que a carne da coxa. O teor de lipídeos totais da coxa com pele foi mais que o dobro da coxa sem pele, mas o teor de colesterol não diferiu com a retirada da pele, demonstrando que o colesterol não está associado à gordura subcutânea. O teor de gordura intramuscular foi menor na carne das aves que receberam a ração com menor nível energético. Essas informações podem auxiliar na definição do manejo nutricional mais adequado. Apesar da redução no desempenho produtivo, a restrição da energia na ração dos frangos pode ser uma alternativa viável, se os consumidores estiverem dispostos a pagar mais por carne com menos gordura

ASSUNTO(S)

frango de corte carne qualidade lipídios alimentos teor de colesterol

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