Afeto e desigualdade: gênero, geração e classe entre empregadas domésticas e seus empregadores

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos Pagu

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

Na realização das tarefas de cuidado e manutenção das famílias de camadas médias no Brasil - desempenhada, na esmagadora maioria das vezes, por mulheres pobres, fora da parentela dos empregadores - assim como nas formas de remuneração e de relacionamento que se desenvolvem entre patrões e empregadas domésticas, reproduz-se um sistema altamente estratificado de gênero, classe e cor. A manutenção desse sistema hierárquico que o serviço doméstico desvela tem sido reforçada, em particular, por uma ambigüidade afetiva entre os empregadores - sobretudo as mulheres e as crianças - e as trabalhadoras domésticas. Ao analisar exemplos tirados de uma pesquisa etnográfica em Vitória (Espírito Santo), comentaremos como essa ambigüidade se revela como instrumento fundamental de uma didática da distância social.

ASSUNTO(S)

empregadas domésticas famílias de camadas médias reprodução estratificada didática da distância social

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