Afasia global prediz mortalidade na fase aguda de um primeiro acidente vascular cerebral isquêmico

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

OBJETIVO: Determinar se síndromes afásicas na fase aguda do infarto cerebral influenciam o prognóstico. MÉTODO: Avaliação para fala e linguagem de 37 adultos dentro de 72 horas após um primeiro infarto cerebral, em associação topográfica cega com TC e/ou RM. RESULTADOS: Detectaram-se afasias ou disartria em 7 (87,5%) dos 8 pacientes falecidos, e em 26 (89,7%) dos 29 sobreviventes. Afasia global foi identificada em 11 pacientes, todos com lesões no hemisfério esquerdo (cinco óbitos; mutismo em nove), consistindo em fator de risco para mortalidade na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico (ρ=0,022). Idade (z=1,65; ρ>0,09), trombólise (ρ=0,591), dimensões da lesão (ρ=0,076) e lado (ρ=0,649) não afetaram significativamente a sobrevivência. Ausência de afasia não prenunciou melhor evolução. Fatores de risco cardiovascular tiveram similar prevalência para todos os grupos de pacientes. CONCLUSÃO: Afasia global na fase aguda do infarto cerebral pode aumentar mortalidade, demonstrando envolvimento de território vascular perisylviano dominante, tomando-se mutismo como importante elemento semiológico.

ASSUNTO(S)

linguística afasia acidente cerebral vascular infarto encefálico linguagem fala avaliação da deficiência prognóstico

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