âEstamos transportando vida!â : trajetÃrias e experiÃncias de motoristas e colaboradores do transporte coletivo urbano de UberlÃndia

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Esta dissertaÃÃo aborda o trabalho e a vida de motoristas e cobradores do transporte coletivo urbano de UberlÃndia. Para o seu desenvolvimento foram realizadas pesquisas nos jornais Correio de UberlÃndia, Primeira Hora e em algumas ediÃÃes do informativo interno da empresa Transcol, chamado Transcolito. Foram gravadas entrevistas orais com trabalhadores do transporte, onde eles relatam as suas experiÃncias de vida e de trabalho em UberlÃndia, possibilitando interpretaÃÃes sobre suas trajetÃrias como sujeitos sociais que vivem processos histÃricos onde se constituem como trabalhadores. O perÃodo pesquisado estendeu-se do ano de 1980 a 2004. O grupo de motoristas e cobradores entrevistados para essa pesquisa à composto por migrantes, que chegaram à UberlÃndia nas dÃcadas de 1980 e inicio de 1990 buscando melhores condiÃÃes de vida e trabalho e que encontraram no setor de transporte possibilidades de manter a vida nesta cidade. O cotidiano de trabalho no transporte mostrou-se cercado de conflitos. Ele à um meio de locomoÃÃo organizado pela Prefeitura Municipal de UberlÃndia, oferecido por empresas privadas, garantido por motoristas e cobradores e utilizados por moradores de baixa renda da cidade. O transporte à realizado dentro de uma dinÃmica complexa onde se configura o interesse de mostrÃ-lo como organizado, moderno e dinÃmico. Por outro lado, a lucratividade torna-se o principal objetivo. ImpÃe-se aos trabalhadores do setor formas de trabalho exploratÃrias. A exploraÃÃo materializa-se em longas jornadas e em diferentes formas de controle sobre seu trabalho, como à o caso das catracas eletrÃnicas, que afetam as relaÃÃes familiares e de sociabilidades e alimentam expectativas de mudanÃas. Por fim, os passageiros surgem nessa conjuntura muitas vezes como sujeitos prejudicados na sua necessidade de circulaÃÃo pelo espaÃo urbano, mas tambÃm, algumas vezes, como companheiros dos trabalhadores do transporte.

ASSUNTO(S)

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