Adoção tardia por casal divorciado e com filhos biológicos: novos contextos para a parentalidade
AUTOR(ES)
Otuka, Livia Kusumi, Scorsolini-Comin, Fabio, Santos, Manoel Antônio dos
FONTE
Estud. psicol. (Campinas)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-03
RESUMO
O objetivo deste estudo de caso é discutir a experiência de um casal divorciado, com filhos biológicos, que realizou uma adoção tardia. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual semiestruturada e analisados mediante o referencial teórico da psicanálise winnicottiana. Os resultados mostraram que, após três anos divorciados, os participantes adotaram um adolescente, destacando como motivação o altruísmo. Em termos do amadurecimento emocional dos membros do casal divorciado, nota-se que eles renovaram o bom vínculo preexistente não apenas mediante o exercício da parentalidade adotiva, mas também pelo "desejo de ajudar" o adolescente por meio de sua inserção em um núcleo familiar. Nas falas dos pais, pôde-se perceber que a noção de família transcende a ideia de um simples arranjo nuclear tradicional constituído em torno do casal, uma vez que a conjugalidade não foi mencionada como condição para a adoção. Em contrapartida, a conjugalidade foi valorizada como condição para o nascimento do primeiro filho biológico, denotando que são atribuídas diferentes significações à parentalidade biológica e adotiva.
ASSUNTO(S)
adoção tardia parentalidade psicanálise relações conjugais
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