Adoção da sistematização de assistência de enfermagem em Unidades de Referência em Hanseníase no município de São Paulo: limites e possibilidades / Adoption of systematic nursing care units reference to leprosy in São Paulo: limits and possibilities

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/11/2012

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de conhecer a prática dos enfermeiros que atuam diretamente em unidades de referência de hanseníase no município de São Paulo, através da apropriação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), seus limites e possibilidades. Tendo como objetivos secundários, verificar se a capacitação sobre a SAE, realizada pelo Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH) de São Paulo nos anos de 2007/2008 foi incorporada pelos enfermeiros que participaram da mesma. Através de um questionário dirigido, trinta enfermeiros, que atuam diretamente com os pacientes de hanseníase nas unidades de referência do município de São Paulo, responderam a questões que mostram a caracterização profissional, do grupo e especificamente sobre a adoção da SAE e as contradições e dificuldades em suas diferentes fases de aplicação. O perfil desses profissionais é de 86,6% do gênero feminino, com prevalência de 40% na faixa etária entre 45 e 55 anos de idade, 43,3% formadas entre 1 e 10 anos e 60% atua de 1 a 4 anos nas respectivas unidades. O estudo mostrou que 100% dos enfermeiros envolvidos conhecem a referida sistematização, porem apenas 30% participou da capacitação de 2007/2008 e 83,4% a aplicam nos pacientes de hanseníase. Observamos as variáveis de importância, atributo, ação e decisão que os enfermeiros dão a esse modelo, bem como as dificuldades e limitações observadas nos resultados comparativos entre os enfermeiros que participaram da capacitação 2007/2008 e os que não participaram. Ambos os grupos apontam como maior dificuldade o diagnóstico de enfermagem, porem na sequência, o grupo que fez a capacitação (33,3%) aponta o exame físico o aspecto com maior dificuldade, enquanto que o grupo que não fez a referida capacitação aponta 31,3%, como sendo a prescrição de enfermagem a segunda maior dificuldade. 88,9% dos capacitados e 87,5% dos não capacitados pelo PMCH em 2007/2008, utilizam como guia de taxonomia o que a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) preconiza. Ambos os grupos também elegem como sendo o principal fator limitante na aplicação da SAE, o excesso de atividades e na sequência, a falta de espaço físico. Para o grupo que participou da capacitação, 88,9% aponta que a SAE auxilia no planejamento do cuidado e no acompanhamento da evolução, ainda elegendo como possibilidades 77,8% a contribuição na adesão ao tratamento e 66,7% na prevenção de incapacidades físicas. Igualmente eleito pelo grupo de enfermeiros que não participaram do treinamento, 81,3% refere que a SAE auxilia no planejamento do cuidado e no acompanhamento da evolução, elegendo como possibilidades a adesão ao tratamento (68,8%) e prevenção de incapacidades também 68,8%. Concluindo que esse modelo deva ser mais pesquisado mostrando as possibilidades de ser adequada a realidade na perspectiva da saúde coletiva, e que reuniões de atualização focadas, muito contribuiriam para o fortalecimento dessa prática, caminhando dessa maneira na construção do conhecimento da enfermagem, favorecendo a melhor qualidade na assistência prestada as pessoas atingidas pela hanseníase.

ASSUNTO(S)

enfermagem em saúde pública hanseníase leprosy modelos de atenção à saúde models of health care nursing process processos de enfermagem public health

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