Aderência ao seguimento no cuidado ao recém-nascido exposto à sífilis e características associadas à interrupção do acompanhamento
AUTOR(ES)
Feliz, Marjorie Cristiane, Medeiros, Adeli Regina Prizybicien de, Rossoni, Andrea Maciel, Tahnus, Tony, Pereira, Adriane Miro Vianna Benke, Rodrigues, Cristina
FONTE
Rev. bras. epidemiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-12
RESUMO
RESUMO: Introdução: Todo recém-nascido exposto à sífilis na gestação deve ter acompanhamento ambulatorial. A interrupção do seguimento põe em risco todos aqueles que não recebem tratamento ao nascer. Objetivo: Descrever as características clínicas e epidemiológicas dos recém-nascidos expostos à sífilis, assim como gestacionais e sociodemográficas de suas mães e investigar os fatores associados com a descontinuidade do seguimento. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, analítico e retrospectivo dos prontuários de 254 crianças expostas à sífilis, atendidas no Ambulatório de Infecções Congênitas do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, entre 2000 e 2010. Os recém-nascidos foram classificados por referência ao seu acompanhamento ou não. Os dados foram ajustados a um modelo de regressão logística binária, no sentido de identificar os fatores associados à descontinuidade do tratamento. Resultados: As características estatisticamente associadas à interrupção do seguimento na análise multivariada foram: mães com idade acima de 30 anos, paridade de três ou mais filhos e a ausência de coinfecções pelo HIV e/ou hepatites virais. Conclusão: Tais achados demonstram a necessidade de identificar essas famílias e estabelecer estratégias que incentivem a formação de vínculos. Recomenda-se que os critérios de tratamento dos recém-nascidos tenham maior rigor, visto que a maior parte deles não faz o seguimento adequado.
ASSUNTO(S)
sífilis congênita doenças urogenitais femininas e complicações na gravidez transmissão vertical de doença infecciosa doenças do recém-nascido perda de seguimento cuidado pré-natal
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